Publicado em 28 de julho de 2023 às 15:25
BRASÍLIA - O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) reagiram nas redes sociais à divulgação do relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que aponta uma arrecadação de R$ 17,1 milhões pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2023 por meio de transferências Pix. Os filhos do ex-chefe do Executivo classificaram a publicação dos dados do documento como "assassinato de reputação" e afirmaram que o País está no rumo para "virar uma Venezuela".>
"Um assassinato de reputação sem precedentes contra o melhor presidente que o Brasil já teve! Reviram tudo, não encontram nada e mais uma vez quebram a cara! Nunca houve qualquer vazamento, quebra de sigilo ou exposição, sem embasamento, de nenhum ex-presidente na história do País, mas contra Bolsonaro vale tudo!", afirmou Flávio no Twitter.>
Segundo o relatório da Coaf, as transferências que somam R$ 17,1 milhões foram feitas entre os dias 1º de janeiro e 4 de julho deste ano por meio de 769 mil transações. O valor arrecadado corresponde a quase à totalidade do valor que circulou nas contas de Bolsonaro em 2023: R$ 18.498.532. Os registros bancários feitos pelo Coaf ainda indicam que parte esses recursos teriam sido convertidos em aplicações financeiras.>
Em junho, apoiadores de Bolsonaro promoveram uma vaquinha via Pix pelas redes sociais para o ex-presidente. O objetivo era arrecadar dinheiro para o pagamento de multas judiciais, sob a justificativa de que ele era vítima de "assédio judicial" e que precisava de ajuda para quitar "diversas multas em processos absurdos". Aliados de Bolsonaro publicaram nas redes sociais comprovantes de depósitos que iam de R$ 10 a R$ 1 mil.>
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O ex-presidente tem evitado falar publicamente sobre o valor arrecadado na vaquinha. No dia 26 de junho, ele disse apenas que já havia levantado o suficiente para pagar suas condenações processuais. "A massa contribuiu com valores entre R$ 2 e R$ 22. Foi voluntário", disse Bolsonaro na ocasião, prometendo abrir os valores "mais para frente".>
Ao falar sobre o caso, o vereador Carlos retomou a narrativa de aliados do Bolsonaro que defendem a ideia de que o Brasil pode ter uma gestão política próxima a da Venezuela com a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Na democracia comunista relativa vale tudo! Já vivemos na Venezuela!", disse. A ideia também foi defendida por Flávio. "Engana-se quem pensa que o Brasil está caminhando a passos largos rumo à Venezuela, Cuba e Nicarágua", disse.>
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