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'E o Trump?', diz Lula ao ser questionado sobre democracia na Venezuela

"E o Trump?", diz Lula ao ser questionado sobre democracia na Venezuela

Em entrevista o ex-presidente disse que o presidente dos EUA, Donald Trump, é um "embuste" e uma "carta fora do baralho" da democracia americana

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 15:09

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O ex-presidente Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou críticas ao presidente Donald Trump . (Reprodução Twitter)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou nesta quarta-feira (7) o presidente americano Donald Trump, elogiou o ex-mandatário boliviano Evo Morales e defendeu o ditador venezuelano Nicolás Maduro.

Em entrevista versão brasileira do El País, em que usava um terno que ganhou de Evo, Lula disse que Trump é um "embuste" e uma "carta fora do baralho" da democracia americana. "Não é possível você imaginar que a maior economia do mundo é governada por mentiras", afirmou.

Ele também criticou Trump ao receber perguntas sobre a Venezuela, dizendo que os EUA interferem no país latino-americano por terem interesse no petróleo. Quando questionado se acredita que a Venezuela vive uma democracia plena, respondeu. "Você acha que os EUA na mão do Trump são uma democracia plena?"

"Quem define a democracia na Venezuela é o povo da Venezuela", continuou, dizendo que não cabe aos EUA nem a Bolsonaro "terem ingerência" no país.

Lula admitiu que há uma crise no país vizinho e disse que enviou uma carta a Maduro em sua última posse com sugestões de medidas que poderia tomar, mas defendeu o ditador, dizendo que a oposição venezuelana não aceita derrotas nas eleições.

Chamou o oposicionista Juan Guaidó de "canalha" e acrescentou que a União Europeia e os EUA deveriam monitorar o próximo pleito venezuelano. "Até o Trump poderia ir lá pra aprender que as eleições lá muitas vezes são mais honestas que a americana", disse.

Sobre Evo Morales, Lula disse que o aconselhou a não disputar um terceiro mandato, mas afirmou que ele foi alvo da "maior sacanagem política que já foi feita na Bolívia", referindo-se às denúncias de fraude última eleição.

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