Publicado em 15 de outubro de 2021 às 14:38
Em mais um evento com milhares de educadores, o governador João Doria (PSDB) anunciou nesta sexta-feira (15) que irá pagar um abono salarial de R$ 1,55 bilhão para 190 mil professores. >
Apesar do anúncio, o pagamento do abono ainda precisa ser aprovado pela Assembleia Legislativa. O projeto ainda não foi enviado pelo governador para os deputados.>
O abono será pago em substituição ao bônus que normalmente é pago aos professores, com a diferença de que não será atrelado ao desempenho das escolas.>
Todos os servidores do quadro do magistério vão receber o abono, incluindo os que atuam em contratos temporários. O valor será pago de acordo com a carga horária de trabalho de cada profissional.>
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O anúncio é feito a um ano da eleição, no momento em que o vice-governador Rodrigo Garcia, escolhido por Doria para sua sucessão, cumpre uma agenda intensa de inaugurações na educação.>
Se aprovado o projeto, um professor que tem jornada de 12 horas semanais irá receber R$ 3.000 de abono. Quem tem carga horária de 40 horas por semana vai receber R$ 10 mil. Os valores não são incorporados ao salário, ou seja, só serão pagos neste ano.>
Um professor que trabalha 40 horas semanais e recebe R$ 2.886,24, o piso da categoria, se tiver atuado durante todo o ano de 2021 poderá receber R$ 10 mil –equivalente a 3,5 salários.>
"Sei o que é o sofrimento dos professores que atuam na rede pública de São Paulo e esse é um reconhecimento ao trabalho extraordinário que fizeram e colocaram São Paulo na liderança do Ideb", disse Doria na manhã desta sexta.>
O governo paulista decidiu pelo pagamento do abono para cumprir uma nova regra do Fundeb (Fundo Nacional de Desenvolvimento para a Educação Básica), que prevê a obrigatoriedade de estados e municípios a destinar 70% dos recursos do fundo para o pagamento dos profissionais da área. Antes, o percentual mínimo era de 60%.>
O abono foi anunciado durante um evento no Memorial da América Latina. Cerca de 1.700 diretores, supervisores e professores estavam no auditório. Eles foram convocados pela Secretaria Estadual de Educação a comparecer ao anúncio.>
Há duas semanas, o governador também promoveu um evento com aglomeração de educadores em Serra Negra, no interior de São Paulo. Na ocasião, o secretário de Educação, Rossieli Soares, dispensou o uso de máscara para falar com os profissionais.>
Professores e sindicatos há meses vêm criticando o governador por convocar os servidores a participar de eventos presenciais com aglomeração. Eles argumentam que estão sendo expostos a risco desnecessário, já que as reuniões poderiam ocorrer de forma remota.>
Em julho, Doria testou positivo para Covid pela segunda vez, três dias após participar de um evento em um auditório fechado do Memorial da América Latina com mais de mil educadores.>
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