Publicado em 23 de setembro de 2021 às 15:35
O deputado federal Rui Falcão (PT-SP) quer que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apure a atuação de Carlos e Eduardo Bolsonaro, filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), no disparo de mensagens em massa. >
Um requerimento foi protocolado no TSE pelo parlamentar e pelo advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas, na quarta (22), no procedimento que pede que o presidente Bolsonaro apresente provas sobre fraudes no sistema de votação. >
O documento cita matéria publicada pelo UOL que afirma que Carlos e Eduardo querem internacionalizar os disparos nas redes sociais. Segundo o parlamentar, tercerizar o serviço de disparo utilizando empresas no exterior "impediria o efetivo controle dos órgãos de fiscalização". >
"O plano de 'driblar' a atução do STF e do TSE consistiria em contratar empresa internacional para promover os chamados 'disparos' em massa (principalmente em aplicativos de trocas de mensagens) dos conteúdos cuja produção continuaria a se dar no Brasil, sob coordenação de Carlos Bolsonaro", segue a petição. >
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Segundo a petição, a conexão fora do país estaria sendo coordenada por Eduardo Bolsonaro, que preside a Comissão de Relações Exteriores da Câmara. E que o meio preferencial seria o aplicativo de mensagens Telegram. >
O documento diz ainda que caso venha a ser concretizada a contratação de empresa estrangeira para realizar os disparos em massa de conteúdo eleitoral irregular, "haverá ilícitos eleitorais por múltiplas perspectivas". >
"A ideia de mínima regulação não pode mais prevalecer, devendo os Estados nacionais agirem diretamente por si e, ainda, envidar esforços para a elabiração de tratados internacionais por se estar diante de ilícitos que não respeitam fronteiras", segue o texto. >
Rui Falcão pede que o TSE investigue e apure fatos trazidos pela matéria publicada no UOL e que o tribunal busque contato com a empresa russa responsável pelo aplicativo de troca de mensagens Telegram, "para que a mesma formalize representação comercial no solo brasileiro (...) e coopere na elaboração de acordos e protocolos que busquem preservar a lisuras e normalidade das eleições brasileiras". >
O parlamentar pede ainda que sejam realizadas audiências públicas para discutir meios técnicos capazes de impedir que conteúdos ilícitos divulgados em sites e aplicativos internacionais sejam acessados no Brasil e que seja constituído um grupo de apoio à Corregedoria-Geral Eleitoral para assuntos ligados à tecnologia. >
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