Publicado em 18 de janeiro de 2021 às 23:02
- Atualizado há 5 anos
A parcela da população que reprova o governo de Jair Bolsonaro aumentou pela primeira vez desde março de 2020, segundo pesquisa divulgada nesta segunda-feira (18) pela XP Investimentos em parceria com o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe). O levantamento de janeiro aponta que subiu de 35% para 40% a fatia que considera a gestão como "ruim ou péssima".>
O porcentual é semelhante ao do início da pandemia do novo coronavírus no país, em abril de 2020. >
Já a parcela que avalia a administração do governo como "ótima ou boa" caiu de 38% para 32%. >
É a primeira vez desde julho em que a avaliação negativa supera a positiva. >
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De acordo com avaliação da XP Investimentos, o movimento coincide com uma piora na percepção da atuação do presidente para enfrentar a covid-19. São 52% os que consideram 'ruim ou péssima', 4 pontos percentuais a mais que em dezembro de 2020.>
A pesquisa também aponta que 50% dos entrevistados defendem que o governo recrie um benefício semelhante ao auxílio emergencial por mais alguns meses. Contudo, apenas 27% dizem acreditar que o governo tomará essa decisão. >
O benefício foi adotado pelo governo federal ao longo de 2020 para mitigar os efeitos econômicos causados pela pandemia. Bolsonaro, no entanto, vem descartando uma nova rodada de pagamentos.>
Foram realizadas 1.000 entrevistas com abrangência nacional, no período de 11 a 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais. >
Questionados sobre a disposição de tomar uma vacina contra o coronavírus, 69% dizem que com certeza irão se imunizar. Entre os eleitores declarados que votaram em Bolsonaro nas últimas eleições, 58% afirmaram que irão se vacinar com certeza, enquanto 78% dos demais eleitores afirmaram tal intenção. >
O uso emergencial da Coronavac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no domingo. Na manhã desta segunda-feira, o Ministério da Saúde autorizou o início da vacinação no País a partir desta data e começou o envio das doses aos Estados e Distrito Federal.>
Os dados apontam que Bolsonaro segue à frente na disputa presidencial de 2022, tanto na pesquisa espontânea como na estimulada, quando são mencionados nomes dos candidatos. O presidente atinge 28% das intenções de voto, à frente de Sergio Moro, seu ex-ministro da Justiça e Segurança (12%), Ciro Gomes (11%) e Fernando Haddad (11%). >
Já na pesquisa espontânea, quando não há apresentação de candidatos, Bolsonaro se mantém na liderança com 22% - abaixo do registrado em dezembro, quando tinha 24% das intenções de voto.>
A pesquisa de janeiro indica que Bolsonaro perderia para Moro no segundo turno, que bateria o atual presidente por 36% a 33%. No último levantamento, os dados apontavam que o presidente derrotaria seu ex-ministro. Bolsonaro, no entanto, ganha numericamente de todos os outros cenários de segundo turno em que é testado.>
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