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Aras se opõe a ação de Bolsonaro para suspender bloqueio de aliados nas redes

Aras se opõe a ação de Bolsonaro para suspender bloqueio de aliados nas redes

O governo federal, representado pela Advocacia-Geral da União (AGU), propôs a ação um dia após o Twitter bloquear perfis de ativistas, empresários e blogueiros bolsonaristas

Publicado em 20 de agosto de 2020 às 18:55

O procurador-geral da República, Augusto Aras, preside a 8ª sessão ordinária do Conselho Superior do Ministério Público Federal (CSMPF)
O procurador-geral da República, Augusto Aras, foi contrário ao posicionamento do governo Bolsonaro Crédito: José Cruz/Agência Brasil

O procurador-geral da República, Augusto Aras, posicionou-se contra a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 6.494, proposta pelo governo Jair Bolsonaro (sem partido), segundo a qual deveriam ser suspensas, em caráter liminar (provisório), todas as decisões judiciais que tenham determinado bloqueio, interdição ou suspensão de perfis em redes sociais.

O governo federal, representado pela Advocacia-Geral da União (AGU), propôs a ação um dia após o Twitter bloquear perfis de ativistas, empresários e blogueiros bolsonaristas por determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes, em julho.

Apesar de no mérito ser contra bloqueios do tipo, conforme sinalizações anteriores, Aras se posicionou contra uma decisão liminar porque, como argumenta, as normas questionadas estão em vigor há pelo menos nove anos e, portanto, não está caraterizada a urgência.

Ao refutar o pleito, Aras afirma que o pedido não demonstrou quadro de insegurança jurídica suficiente para autorizar a suspensão nacional de processos judiciais em curso, que seria uma "medida excepcional".

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