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Após afastamento de senador, Barroso retira decisão do plenário do STF

Após afastamento de senador, Barroso retira decisão do plenário do STF

Chico Rodrigues (DEM-RR) foi flagrado na semana passada com R$ 33 mil na cueca. Com licença de 121 dias, suplente do parlamentar será convocado

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 15:30

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o presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, apresenta à imprensa  e à sociedade,o
O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso. (Marcello Casal jr)

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso suspendeu a decisão em que havia afastado o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) por 90 dias, após o próprio parlamentar pedir licença do cargo nesta terça-feira (20).

Barroso manteve, porém, a proibição do senador de falar com outros investigados do caso. Com a decisão, não haverá mais o julgamento marcado para esta quarta-feira (21), sobre a liminar de Barroso. Dessa forma, não haverá votação pelo plenário do Supremo, como estava previsto.

Hoje, o presidente do Conselho de Ética do Senado, Jayme Campos (DEM-MT), defendeu a reativação do colegiado para apurar irregularidades. Pressionado para abrir uma investigação contra o senador, o parlamentar afirmou, porém, que a decisão de autorizar as reuniões da comissão cabe à Mesa Diretora da Casa.

Flagrado com dinheiro na cueca e acusado de desviar recursos da covid-19, Chico Rodrigues pediu uma licença do mandato por 90 dias, conforme antecipou o Broadcast Político/Estadão. Nos bastidores, o pedido é visto como uma articulação para blindar o parlamentar. Em entrevista no Senado, Jayme Campos afirmou que a licença não interfere na avaliação do caso pelo colegiado.

A representação contra Rodrigues, protocolada pelos partidos Rede e Sustentabilidade, foi encaminhada para uma análise preliminar da Advocacia do Senado. Após esse parecer, o presidente do conselho pode decidir abrir ou não a investigação que pode resultar na cassação do parlamentar.

A estratégia da cúpula do Senado é derrubar o afastamento determinado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e empurrar o caso para o Conselho de Ética - paralisado durante a pandemia de covid-19.

"Não vão vamos ser omissos. Todas as providências foram dadas", declarou o presidente do colegiado, afirmando que recebeu a representação contra o colega na sexta-feira, 16, e encaminhou o documento à Advocacia na segunda-feira (19).

A decisão de reativar o colegiado cabe ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que está em silêncio sobre o caso desde que o escândalo estourou na semana passada. De acordo com Jayme Campos, o pedido de reativação cabe aos líderes partidários.

"Eu não disse que não pode (o conselho funcionar). Eu acho que pode e deveria. Todavia, não cabe a mim. Aqui, são 81 senadores", declarou Campos.

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