Publicado em 9 de janeiro de 2021 às 19:44
- Atualizado Data inválida
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirmou neste sábado (9) que Fiocruz enviou todos os documentos para análise do uso emergencial da vacina contra o coronavírus e cobra mais dados do Butantan. >
O posicionamento da agência reguladora foi feito após concluir a triagem inicial dos documentos submetidos pela Fiocruz e pelo Instituto Butantan para o uso emergencial da vacina contra a Covid-19.>
A checagem é uma conferência feita nas primeiras 24 horas para verificar se as informações essenciais sobre eficácia e resultados clínicos estão no processo para análise de uso emergencial pela equipe técnica da Anvisa.>
De acordo com a triagem feita pelos técnicos da Anvisa, o pedido da Fiocruz traz os documentos preliminares e essenciais para a avaliação detalhada da Agência. A partir de agora, a equipe técnica vai se aprofundar na análise dos dados e informações apresentadas.>
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Já na triagem feita nos documentos do Instituto Butantan, os técnicos da Anvisa verificaram que ainda faltam dados necessários à avaliação da autorização de uso emergencial.>
"A partir da triagem, a Anvisa enviou hoje (9) ofício ao Instituto Butantan solicitando a apresentação dos documentos técnicos faltantes, previstos no Guia 42/2020 (Requisitos para submissão de solicitação de autorização temporária de uso emergencial Vacinas - COVID-19), bem como nos regulamentos técnicos da Agência. O recebimento do ofício foi confirmado pelo Butantan às 11h29 de hoje", disse.>
A submissão dos documentos técnicos previstos no Guia é condição necessária para viabilizar a avaliação, conclusão e a deliberação sobre a autorização de uso emergencial das vacinas.>
As equipes técnicas da Anvisa e do Instituto Butantan já realizaram duas reuniões tratar da questão.>
O Instituto Butantan e a Fiocruz enviaram na sexta-feira (9) à Anvisa os primeiros pedidos para uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus no Brasil.>
A primeira solicitação foi feita pelo Instituto Butantan que tem uma parceria com a empresa chinesa Sinovac para produzir a Coronavac.>
Horas depois, pedido semelhante foi registrado pela Fiocruz, instituto que representa, no Brasil, a vacina de Oxford, desenvolvida pela farmacêutica AstraZeneca e Universidade de Oxford.>
Hoje, tanto a vacina da Fiocruz quanto a do Butantan são tidas como as principais apostas para iniciar a vacinação no Brasil.>
A vacina de Oxford, no entanto, foi a primeira a ter um acordo fechado com o governo federal, enquanto a Coronavac esteve no centro de uma guerra política entre Bolsonaro e Doria nos últimos meses.>
O Ministério da Saúde anunciou neste sábado (9) que fechou acordo com o Instituto Butantan de exclusividade na distribuição da Coronavac pelo SUS. A vacina será disponibilizada simultaneamente a todos os estados.>
Segundo a pasta, o contrato de exclusividade centraliza compra e distribuição da vacina contra o novo coronavírus pelo Ministério da Saúde. Dessa forma, impede que o imunizante seja comercializado entre o Instituto Butantan e estados.>
Com a medida, a ideia do governo é que brasileiros de todo o país recebam a vacina simultaneamente.>
Independentemente dos prazos, o uso emergencial das vacinas, caso concedido pela Anvisa, deve envolver um número menor de doses em relação ao previsto para ser produzido pelos dois laboratórios para os próximos meses.>
No caso do Butantan, o pedido de uso emergencial vale para 6 milhões de doses vindas da China e que estão sob guarda do instituto desde 2020.>
Já o pedido feito pela Fiocruz vale para 2 milhões de doses que devem ser importadas do Serum Institute, na Índia, um dos centros de produção da vacina de Oxford para outros países.>
Ainda não há previsão de data para entrega dessas doses. A Fiocruz diz esperar que isso ocorra "nos próximos dias". Nos bastidores, porém, representantes do Ministério da Saúde correm para tentar obter o material até a próxima semana.>
A tentativa de importação começou a ser negociada pela pasta ainda em dezembro. Inicialmente, Fiocruz previa entregar as primeiras doses previstas em acordo com a AstraZeneca a partir de 8 de fevereiro -no total, são 100 milhões de doses no primeiro semestre, e 110 milhões no segundo.>
Alvo de críticas pela demora em iniciar a vacinação, o ministério pretende usar as doses importadas para iniciar a vacinação no dia 20 de janeiro -cinco dias antes da data prevista pelo governo paulista.>
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