A tentativa de interferência do senador Flávio Bolsonaro (Patriota) na nomeação do corregedor da Receita Federal tem encontrado resistência entre auditores.
Kleber Cabral, presidente do Sindicato Nacional dos Auditores da Receita, disse à coluna Painel, da Folha de S.Paulo, que o setor é sensível e não pode ter ingerência política.
"A corregedoria da Receita Federal, uma das mais sensíveis áreas do órgão, não pode ser ocupada por indicação política para que não haja caça às bruxas nem proteção aos amigos", afirmou.
Como mostrou a Folha de S.Paulo, Flávio Bolsonaro tenta emplacar o auditor fiscal aposentado Dagoberto da Silva Lemos na corregedoria.
O senador tem interesse no Fisco para tentar destravar uma tese de sua defesa de que houve acesso ilegal a seus dados fiscais na investigação sobre rachadinha na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Na última semana, o Sindifisco cobrou de José Barroso Tostes Neto, secretário especial da Receita, uma posição sobre as suspeitas de interferências.
Segundo os auditores, após circular a notícia sobre a interferência de Flávio, a entidade apurou que o nome de outro servidor foi indicado para o cargo de corregedor. Entretanto, a nomeação teria sido assinada pelo ministro Paulo Guedes (Economia), mas não chegou a ser publicada.
O senador nega participação na escolha e diz que cabe ao presidente da República a indicação do corregedor.
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