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É diretor-presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast-ES)

Plástico: de vilão a aliado durante a pandemia de Covid-19

Não é de agora que o plástico tem protegido bilhões de pessoas no mundo. Na crise sanitária, está presente em seringas,  protetores faciais, embalagens de alimentos e álcool-gel, entre tantos outros usos

  • Jackley Maifredo É diretor-presidente do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado do Espírito Santo (Sindiplast-ES)
Publicado em 21/05/2021 às 02h00
Rosa Luzia Lunardi (85) é abraçada pela enfermeira Adriana Silva da Costa Souza, em casa de cuidados a idosos em São Paulo. Imagem ganhou o World Press Photo
Foto premiada: Rosa Luzia Lunardi (85) é abraçada pela enfermeira Adriana Silva da Costa Souza, em São Paulo. Crédito: Mads Nissen/ World Press Photo

Maio, mês das mães. É também mais um período em que enfrentamos a pandemia da covid-19 e convivemos com as medidas de distanciamento social entre as famílias. Mas também é o mês que, com o plástico, foi possível protagonizar cenas extremamente felizes e emocionantes, com as mães sendo abraçadas pelos seus filhos envoltos no material, depois de longo tempo.

O plástico deixou de ser percebido como vilão na sociedade, mas como forte aliado durante a pandemia, salvando vidas e levando segurança. A dimensão de iniciativa como essas foi tamanha que uma fotografia nesse sentido foi vencedora do prêmio World Press Photo 2021, que recebeu o nome de “The First Embrace” (O Primeiro Abraço). Na imagem, o fotógrafo Mads Nissen retrata as brasileiras Rosa Luzia Lunardi, 85 anos, e a enfermeira Adriana Silva da Costa Souza no momento comovente.

Mas não é de agora que o plástico tem protegido bilhões de pessoas pelo mundo com o impacto provocado pela covid-19. O material sempre esteve presente no cotidiano dos hospitais, auxiliando os profissionais da saúde e também nas medidas diárias de precaução, que somos aconselhados a adotar. Desde antes do início de toda a pandemia.

E esse uso tão intenso não é por acaso. O plástico tem se tornado fundamental para combater e prevenir o novo coronavírus, de forma direta ou indireta, por fatores como serem mais flexíveis, resistentes, duráveis e com um baixo custo de produção.

Deixou de ser visto como vilões na sociedade, mas como herói, que salva vidas, presente em quase tudo em nossas vidas, desde os protetores faciais, os plásticos-filmes para acondicionar alimento, para depositar o álcool para higienizar as mãos...

Também para reduzir o risco de infecções, simplificando procedimentos, evitando doenças, estão lá nas luvas cirúrgicas, seringas descartáveis, tubos intravenosos, cateteres, suturas, nos copos, talheres e pratos descartáveis usados em hospitais e instituições públicas, nos protetores e trajes dos profissionais, no Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).

Além disso, é usado para muitos governos e instituições no combate direto à doença, como na montagem de hospitais, postos de atendimento e galpões emergenciais temporários.

As próteses de plástico, outros exemplos, proporcionam mais conforto aos pacientes, já que são mais leves, macias, duráveis, baratas e com menor risco de contaminações. Os plásticos desempenham um papel fundamental em sistemas de segurança de casas e edifícios, nos dispositivos anti-incêndios, nos carros, como em airbags e cintos.

Na luta para reduzir o contágio da Covid-19, até a gigante Starbucks optou por voltar a utilizar os copos descartáveis. Lembrando que o setor do plástico é o quarto maior empregador da indústria de transformação brasileira, com mais de 320 mil empregos gerados.

Para finalizar, lembro que, apesar de todas essas utilidades, é essencial o descarte correto dos produtos de uso único. Então é cada um de nós fazermos a nossa parte, separando as embalagens para a coleta seletiva ou descartar em postos de reciclagem, focando sempre na economia circular.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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