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É presidente do Sindicato de Bares, Restaurantes e Similares do Espírito Santo (SindBares) e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Espírito Santo (Abrasel no ES)

Bares e restaurantes: sem razoabilidade não sobreviveremos

Ampliação dos horários de funcionamento é uma das soluções urgentes e necessárias para manter a sobrevivência do setor. Precisamos trabalhar já!

  • Rodrigo Vervloet É presidente do Sindicato de Bares, Restaurantes e Similares do Espírito Santo (SindBares) e da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes no Espírito Santo (Abrasel no ES)
Publicado em 20/05/2021 às 02h00
Setor de bares e restuarantes enfrentou medidas restritivas durante toda a pandemia
Setor de bares e restuarantes enfrentou medidas restritivas durante toda a pandemia. Crédito: Rachel Claire/ Pexels

Na segunda quinzena de abril, o governo do Espírito Santo começou a lenta flexibilização das atividades econômicas após um duro período de restrições em todo o Estado em março. Mais uma vez, o setor de alimentação fora do lar, formado por bares, restaurantes e lanchonetes, foi um dos mais impactados.

Mesmo com estudo comprovando o baixo risco de contaminação em estabelecimentos que seguem os protocolos de biossegurança adequadamente, sofremos um lockdown sem ajuda governamental de nenhum tipo para manter nossas empresas de pé, ou seja, é pedido o sacrifício, mas não há qualquer compensação por parte do Estado, que representa a sociedade.

Estamos todos do mesmo lado na batalha contra o coronavírus, o segmento de bares e restaurantes foi o primeiro a implementar medidas de biossegurança a fim de conter o avanço da pandemia. Porém, mesmo com esforços no sentido de combater a progressão da doença, nosso setor segue sendo “bombardeado” por medidas restritivas que tornam quase impossível sobreviver. Para 60% dos estabelecimentos formais, o fechamento é definitivo, segundo dados da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).

O encerramento definitivo de bares representa o avanço do desemprego, de bolsões de pobreza, refletindo diretamente no consumo e na economia e, principalmente, na qualidade de vida das pessoas. Sem ocupação não há dinheiro para itens básicos de sobrevivência. A precarização das empresas reflete no combate à pandemia, destituindo da população recursos necessários para esse enfrentamento sanitário, como máscaras e álcool em gel, entre outros.

Diante desse cenário, o Sindicato de Bares, Restaurantes e Similares do Espírito Santo (SindBares) e Abrasel no Espírito Santo estão prontas e dispostas a dialogar com as autoridades sanitárias e ajudar na construção de soluções coletivas para reduzir os riscos presentes a todos, seja de contaminação, seja do desemprego.

A razoabilidade é um clamor do setor e de toda a sociedade pela convivência em ambientes controlados. A ampliação dos horários de funcionamento permitidos é uma das soluções urgentes e necessárias para manter a sobrevivência do setor que é formado, em sua maioria, por empresas familiares e que empregam milhares de pessoas. A restrição do funcionamento de empresas regularizadas, que atuam seguindo os protocolos de biossegurança, contribui para aumentar a clandestinidade, que segue sem cuidados ou segurança adequadas. Precisamos trabalhar já!

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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