De janeiro a agosto deste ano, a Suzano já registrou 1060 ocorrências de incêndios em áreas florestais da empresa no Espírito Santo. 90% destes casos têm origem criminosa.
Os dados refletem uma infeliz tendência do Estado: uma média de cinco incêndios por dia (dados coletados pelo Corpo de Bombeiros nos quatro primeiros meses de 2023). Os incêndios recorrentes, em plantações de eucalipto ou em áreas destinadas à preservação ambiental, expõem crimes conhecidos pelas forças policiais do estado: a extração ilegal de madeira para produção de carvão e a ocupação indevida de terras, que resultam em degradação do meio ambiente, insegurança pública e desvalorização imobiliária.
Tão impactante quanto os números são os prejuízos socioambientais deixados pelos incêndios, que ocorrem ao longo de todo o ano. Além da destruição da biodiversidade, colocando espécies animais e vegetais em risco, o fogo gera a emissão de gases poluentes para a atmosfera, nocivos à saúde.
A tragédia toma proporções mais amplas quando as áreas degradadas são ocupadas por grileiros, que se beneficiam da comercialização irregular das terras e enriquecem de forma ilícita, ofertando-as para outras pessoas, que precisam se retirar após os processos de reintegração de posse, o que gera a elas frustração e perdas financeiras.
Os esforços da Suzano no combate e prevenção aos incêndios passam por ações de manejo florestal sustentável, além de investimentos em equipes de prevenção e combate a incêndio treinadas segundo rigorosas normas internacionais. Contam, ainda, com Centrais de Operações Integradas que monitoram, em tempo real, as florestas nativas, pilhas de madeira e plantios de eucalipto. As brigadas da empresa também atuam no combate a incêndios em áreas vizinhas às nossas florestas, em parceria com o Corpo de Bombeiros do ES.
Essas estratégias vêm tendo efeito positivo, considerando que houve redução significativa do número de ocorrências entre 2020 e 2022. No entanto, os episódios continuam demandando ações da empresa e do poder público, assim como das autoridades competentes, que vêm atuando em parceria para mitigar o problema. E, da mesma forma, buscando responsabilizar os autores de crimes ambientais e contra o patrimônio.
A atuação colaborativa da Suzano para levar oportunidades de trabalho, renda e bem-estar às regiões em que atua também é importante nesse processo. Por meio de apoio a projetos de cunho social e ambiental, a empresa tem a meta de contribuir para tirar 200 mil pessoas da linha de pobreza até 2030 nos territórios onde opera.
No Norte do Espírito Santo, por exemplo, região que concentra a maioria dos incêndios florestais em áreas da empresa, é ofertado suporte financeiro e técnico a diversos projetos focados no desenvolvimento social de comunidades tradicionais e grupos em situação de vulnerabilidade.
Apesar de todo o investimento social, em segurança e em monitoramento, a efetiva solução para os incêndios florestais passa pela conscientização e mudança de hábitos da sociedade, uma vez que grande parte dos casos decorrem de ações humanas. Mesmo que ocorram dentro de uma área empresarial, as consequências vão além desses limites. Por ações criminosas ou por uma bituca de cigarro lançada na vegetação, fica o alerta: os incêndios devem ser combatidos por cada um de nós, pois os prejuízos são de todos.
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