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É doutor em Psicologia e diretor-geral do Ifes de Vila Velha

Ifes: tradição e qualidade pensadas por meio de muito trabalho

Reeleição de Jadir José Pela para o cargo de reitor aponta para um Ifes cada vez mais dinâmico e que se coloca na defesa da educação profissional e tecnológica

  • Diemerson Saquetto É doutor em Psicologia e diretor-geral do Ifes de Vila Velha
Publicado em 23/07/2021 às 14h00
Fecha do Campus Vitória do Ifes
Campus Vitória do Ifes: inscrições para processo seletivo de professor substituto. Crédito: Ifes/Divulgação

No dia 8 de julho, o Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) realizou sua consulta pública para escolher o reitor e os diretores-gerais dos diversos campi em todo o Estado, selando o desejo de uma comunidade de mais de 36 mil estudantes e cerca de três mil servidores federais da educação. Jadir José Pela, atual reitor e candidato eleito, vem ladeado por poucas mudanças no cômputo dos diretores-gerais vitoriosos.

Diante de um contexto de profunda crise orçamentária e com todas as dificuldades inerentes aos efeitos da pandemia no ensino, a comunidade acadêmica do Ifes optou pela manutenção da maioria dos quadros gestores. O que isso pode significar?

O professor de tornearia mecânica representa uma das faces mais bem-acabadas da instituição, sua identidade. O Ifes, desde a Escola dos Aprendizes Artífices, ou ainda da Escola Técnica Federal, e em somatório com as Escolas Agrotécnicas, representa a qualidade na oferta de cursos técnicos e profissionalizantes em seu histórico centenário.

Essa tradição e qualidade só são possíveis quando pensadas por meio de muito trabalho. A recondução de Jadir representa a identidade de um instituto que forma e vive por meio da categoria laboral. Os “jovens titãs” marcados pelo antigo hino escolar, têm aos poucos se metamorfoseado em outras tantas facetas na diversidade, e esta, por sua vez, acolhe um novo mundo tecnológico, digital, e com estruturas dinâmicas de trabalho cada vez mais inovadoras, aquilo que se tem nomeado de 4.0.

A segurança, a articulação política, a perenidade do estilo acolhedor do atual reitor e ex-secretário estadual de Ciência e Tecnologia são marcas de um gestor que não se ladeou para pesar em apenas um lado das agendas políticas entrincheiradas. O campo político educacional proposto por Jadir tem como premissa o diálogo entre a direita e a esquerda em prol da educação pública, gratuita e de qualidade, não se colocando no meio do sistema polarizado, mas contornando-o.

A condução do gabinete de Jadir aponta para o norte bussular do futuro da educação profissional e tecnológica, a saber, e em minha opinião, a exitosa junção entre a tradição identitária e as perspectivas de inovação. A educação profissional vem se reinventando, pensando novos meios de se fazer, e formar a classe trabalhadora do Brasil do futuro, e com lanternas de proa e popa, o que se tem vislumbrado é justamente que os valores da tradição organizacional deem segurança e se coadunem com os novos empreendimentos, com as novas tecnologias, com os manejos, métodos e técnicas vanguardistas que em avalanche tem solicitado novos pactos civilizacionais.

A escolha por Jadir, democraticamente eleito, é a escolha da tornearia mecânica. O trabalho de moldar, de dar forma, de fazer ligas, de tornar útil, instrumentos que associam o passado e o futuro. Diretores que são em quantidade expressiva ex-alunos pactuam um grupo que aponta para um Ifes cada vez mais dinâmico e que se coloca na defesa da educação profissional e tecnológica.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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