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Dia Nacional do Idoso: não basta viver mais, é preciso viver melhor

Proporcionar à população condições de bem envelhecer é desafio dos grandes e exige união de esforços e de agentes

  • Maely Coelho É presidente da MedSênior
Publicado em 01/10/2023 às 10h00

O dia 1 º de outubro, quando celebramos o Dia Nacional do Idoso e o Dia Internacional da Pessoa Idosa, é ocasião oportuna para reforçar uma afirmação: o Brasil é uma nação em franco processo de envelhecimento e vive ao longo dos anos uma significativa mudança em sua pirâmide populacional.

Mas a constatação, por si só, não é suficiente. Não basta saber que nossa população está envelhecendo. É preciso estimular a reflexão sobre o que temos feito, enquanto cidadãos, sociedade, empresas, entidades e governos – cada um dentro das suas possibilidades e atribuições – para garantir que esse idoso não apenas viva mais como também viva melhor.

E o primeiro ponto a ser considerado é exatamente o fato de que proporcionar à população condições de bem envelhecer é desafio dos grandes e exige união de esforços e de agentes.

Não basta uma decisão individual, um único projeto ou uma iniciativa isolada – apesar de todo esforço ser válido e legítimo. Precisamos construir, juntos, um ecossistema que viabilize o bem envelhecer em todas as suas dimensões.

Dimensões essas que, obviamente, incluem questões de saúde e qualidade de vida – focadas especialmente no acesso à medicina preventiva –, mas envolvem outros temas como aposentadoria, finanças, convivência social, lazer, cultura, mobilidade.

E é esse o esforço que temos feito enquanto empresa que tem a terceira idade como público. Na área de saúde, estamos certos de que não há outro caminho além da prevenção para garantir, ao mesmo tempo, uma vida mais longa, plena e autônoma para o idoso, sem desequilibrar sua própria vida financeira ou sem comprometer as contas do ente prestador de serviços, seja ele público ou privado.

Mas há muitas outras demandas e também temos trabalhado nesse sentido, atuando como mantenedores da Abstaturps, entidade que reúne mais de 14 mil startups no Brasil, e ajudando a mapear as startups brasileiras focadas em atividades ou iniciativas que se encaixem dentro do conceito de bem envelhecer.

Idoso
Idosos. Crédito: Pixabay

Porque, nesta nova configuração populacional, estão diante de nós questões enormes como os rumos da previdência, a desigualdade social e o acesso à saúde, mas também coisas aparentemente simples que podem trazer ganhos no dia a dia como letras maiores nos rótulos de produtos, telefones com teclas maiores e sistemas mais amigáveis, só para citar exemplos.

Fica a certeza de que a colaboração é o único caminho que temos. E se o provérbio africano já nos dizia que é preciso uma aldeia para educar uma criança, ouso utilizá-lo para também concluir que, para garantir uma vida plena e feliz ao idoso, é preciso uma sociedade inteira envolvida e mobilizada. Sigamos.

Este texto não traduz, necessariamente, a opinião de A Gazeta.

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