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2020 é o ano em que todos nos lembramos dos médicos

Em 18 de outubro, comemoramos o dia do profissional que é um verdadeiro guerreiro da saúde. Dele é exigido um esforço acima da média, entre plantões e um nível de pressão que somente quem vive entre os limites da vida e da morte é capaz de entender

  • Fernando Ronchi
Publicado em 18/10/2020 às 14h00
Médicos realizam atendimento a paciente entubado
Contratações na área da saúde dispararam durante pandemia. Crédito: Freepik

Se você tivesse que se lembrar de um, apenas um profissional, neste ano, qual seria? É provável que, em 2020, você se lembre de um em especial, o médico. Afinal, os tempos de pandemia exigiram de cada um, mais do que nunca, intensa dedicação, resistência e, sobretudo, superação.

No dia 18 de outubro, comemoramos o dia do profissional que é um verdadeiro guerreiro da saúde. Dele é exigido um esforço acima da média, entre plantões e um nível de pressão que somente quem convive diariamente entre os limites da vida e da morte é capaz de entender. O médico, muitas vezes, personifica a fé do paciente e de seus familiares.

Na área em que trabalhamos, é preciso mais do que vocação. Escolher a medicina é atender a um chamado e se dedicar profundamente ao que nosso ofício nos predestina: mais do que conhecimento para curar, devemos ter comprometimento com a vida, com as pessoas, com a humanidade. Uma missão que associamos ao nosso jeito de cuidar.

Na pandemia, nós, médicos, somos ainda mais desafiados. Precisamos reaprender formas de atuação, criar novos protocolos e colocamos a própria vida na linha de frente do combate à Covid-19. E esse reconhecimento estendo a todos os profissionais da Saúde: enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas, psicólogos e tantos outros. Essa união é sem dúvida um dos diferenciais da nossa cooperativa.

Enquanto a maioria das pessoas se sente fragilizada e insegura diante de um vírus desconhecido, temos que ser ainda mais fortes e eficientes não apenas no tratamento, mas especialmente na assistência e no conforto. Cada vida perdida nos dói. Mas cada paciente salvo é uma vitória incontestável da dedicação e faz valer a nossa jornada de cuidado com o outro. Por trás das máscaras tão necessárias à segurança de todos neste momento, aprendemos a confortar, amparar e a sorrir com os olhos, mesmo que, por dentro, cada médico tivesse que lidar também com seus próprios conflitos e medos.

Não é e nunca será fácil exercer a Medicina. Neste período de ampla transformação, aceleramos processos, usamos a tecnologia para humanizar e otimizar tratamentos. A telemedicina, a televisita e o telemonitoramento são exemplos de ferramentas digitais que se tornaram essenciais em nosso dia a dia. Experiências que foram implantadas durante a pandemia e que vamos incorporar, de alguma forma, à rotina de nossas unidades. E, mais do que isso, levaremos conosco esse desejo diário de superação, de fazer o melhor, de buscar as melhores alternativas e de transmitir esperança a cada um que nos confia o cuidado com sua saúde.

O autor é médico e diretor-presidente da Unimed Vitória

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