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Diplomata acusado de matar esposa em Vitória vai a júri no Dia da Mulher

Diplomata acusado de matar esposa em Vitória vai a júri no Dia da Mulher

Julgamento ocorre quase oito anos após a mulher morrer no apartamento onde ela e o espanhol estavam, no bairro Jardim Camburi

Publicado em 28 de fevereiro de 2023 às 11:42

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O espanhol Jesús Figón Leo acusado de matar a esposa em Jardim Camburi, em Vitória. (Carlos Alberto Silva )

O diplomata espanhol Jesús Figón Leo, acusado de matar a esposa no bairro Jardim CamburiVitória, em maio de 2015, irá a júri no próximo dia 8 de março de 2023, data em que é celebrado o Dia Internacional da Mulher. O crime ocorreu dentro do apartamento do casal. Desde 2017 morando na Espanha, o aposentado aguarda em liberdade o julgamento do caso.

Em despacho publicado no dia 16 de fevereiro de 2023, a juíza Lívia Regina Savergnini Bissoli Lage convocou o julgamento para ocorrer a partir de 9h da manhã, via conferência na plataforma Zoom. Se quiserem, o acusado e a defesa poderão comparecer presencialmente na 1ª Vara Criminal de Vitória, sendo que o acusado teria que arcar com a viagem dele para o Brasil.

A reportagem de A Gazeta procurou a defesa de Jesús Figón Leo. Os advogados informaram que não irão se manifestar, pois estão com as atenções voltadas para o julgamento. Destacaram ainda que o acusado cumprirá a pena na Espanha, em caso de condenação. 

Morando na Espanha

Em dezembro de 2017, o diplomata ganhou judicialmente o direito de voltar para a Espanha. A sexta turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) cassou a determinação que obrigava o diplomata a ficar no Brasil até o fim do processo e, desde então, ele vive fora do país.

O crime

Ex-Conselheiro de Interior da Embaixada da Espanha no Brasil, Jesús Figón Leo é acusado de matar a esposa Rosemary Justino Lopes, de 56 anos, no apartamento do casal, em Jardim Camburi, Vitória.

Ele se apresentou espontaneamente à polícia e contou que matou a mulher após uma discussão durante a madrugada. Eles eram casados há quase trinta anos. Ele trabalhava na Embaixada da Espanha, em Brasília, mas passava alguns dias na residência que tinha com a capixaba em Vitória.

O delegado Adroaldo Lopes, responsável pelo caso na época, explicou que estava em casa quando recebeu a ligação de um delegado aposentado, amigo de Jesús, relatando o homicídio. Esse delegado aposentado recebeu um telefonema de Jesús em que ele contava que tinha matado a mulher.

De imediato, o delegado aposentado fez contato com um advogado e ambos foram até a casa de Jesús verificar o caso. “Chegando ao local, ele adentrou ao imóvel, verificou a presença de um corpo, e me telefonou, dizendo que estava indo para a delegacia”, disse Adroaldo.

À polícia, Jesús alegou que a esposa sofria de depressão e era alcoólatra. “No dia de ontem (ocasião da data do crime) ela teria feito excessiva ingestão de bebida alcoólica e durante a madrugada eles tiveram uma briga. Ela pegou uma faca para atacá-lo, ele tomou a faca e efetuou os golpes”, disse Adroaldo na época.

O casal teria discutido e Rosemary teria pegado uma faca para atingir o marido, momento em que ele tomou a faca e a acertou. O diplomata foi indiciado pelo crime de homicídio. A defesa tentava um último recurso e manifestava que Figón não havia matado a esposa, alegando que Rosemary Justino Lopes teria tirado a própria vida.

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