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Você ronca que nem o Babu? Veja estratégias para aliviar o problema

Você ronca que nem o Babu? Veja estratégias para aliviar o problema

O ronco é mais do que um barulho chato. Ele traz sérios danos à saúde. Mas certas mudanças de hábitos podem ajudar a resolver isso

Publicado em 14 de abril de 2020 às 07:00

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Babu, do BBB20: ronco traz riscos para a saúde e prejudica o sono
Babu, do BBB20: ronco traz riscos para a saúde e prejudica o sono. (Reprodução/Internet)

Um dos participantes favoritos do BBB20, Babu vem incomodando as sisters por causa do ronco. Outro dia, para não atrapalhar o sono das colegas de quarto, ele resolveu dormir no quintal da casa. “Fiquei sem graça”, confessou.

Sim, roncar geralmente é motivo de constrangimento. No entanto, o problema de Babu é mais comum do que se imagina: estima-se que afete 4 em cada 10 pessoas.

A pneumologista e presidente da Associação Brasileira de Sono do Espírito Santo, Jéssica Polese, explica que o ronco é o barulho de um aumento na resistência na via aérea. “É uma dificuldade para o ar entrar e sair. Então quando ele está com essa dificuldade, ele faz esse barulho que a gente chama de ronco”.

Mais do que um som desagradável - diz-se, aliás, que é a terceira causa de divórcios - o ronco pode ser sinônimo de sérios problemas de saúde, segundo a médica. “Em longo prazo, ele traz muito problemas de saúde, como pressão alta, maior tendência a ter um acidente vascular cerebral (derrame), maior chance de infarto e outros derivativos da parte cardíaca”, cita ela.

Além disso, do ponto de vista psiquiátrico, o ronco piora os distúrbios psiquiátricos. “Tem pacientes que não conseguem compensar a parte psiquiátrica por conta do ronco e da apneia do sono. Porque o ronco, na verdade, é um sinal de que há uma resistência aumentada. E aí é a hora em que o médico pede uma polissonografia e vê a apneia do sono”, afirma Jéssica.

Só que algumas mudanças de hábitos podem ajudar a pessoa que ronca, aliviando a situação. A pneumologista enumera, por exemplo, a atividade física e diminuição do peso. Mudar a posição na hora de dormir, diz ela, também é indicado. “A melhor posição é de lado com a coluna nivelada”, pontua.

Também, é possível avaliar se a pessoa tem obstrução nasal e corrigir isso. E caso ela tenha hipotireoidismo, o tratamento adequado também melhora o sono.

Há vários tratamentos modernos que auxiliam na qualidade do sono e que podem reduzir o ronco. “Para tratar a apneia do sono e o ronco, o que a gente tem de mais novo são os aparelhos intraorais, que avançam a mandíbula, colocando o queixo um pouco para a frente. E o uso de CPAP, que são aparelhos de pressão positiva”, destaca Jéssica.

Até cirurgia

A solução para o problema do ronco do Babu poderia ser cirúrgica também. O ator apresenta um queixo mais proeminente, o que pode ser um dos fatores associados ao ronco.

Um procedimento chamado mentoplastia, feito, na maioria das vezes, por razões estéticas, pode auxiliar no tratamento da apneia obstrutiva.

A mentoplastia é o aumento ou a redução do queixo, proporcionando equilíbrio harmonioso das características faciais. “Um queixo pequeno e recuado favorece o aparecimento de distúrbios graves associados ao sono e de sinais prematuros de envelhecimento facial”, afirma o cirurgião plástico Humberto Pinto, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

O cirurgião plástico Jefferson Vaccari explica que o procedimento só deve ser realizado após os 17 anos, quando os ossos da face já se desenvolveram o suficiente e após o uso de aparelhos nos dentes. “Antes da cirurgia, é realizada uma análise facial, para identificar e avaliar o tipo de correção mais adequado. Em alguns casos, pode ser necessária uma associação da cirurgia do queixo a procedimentos no nariz, a fim de equilibrar as proporções faciais”, diz Vaccari.

A mentoplastia de aumento é muito mais comum do que a de redução. Nos casos em que ocorre um desenvolvimento ósseo menor do que o esperado é necessária a inclusão de próteses ou infiltração com gordura, dependendo de cada caso. “Quando há concentração de adiposidade no pescoço ou flacidez no músculo pode ser preciso também fazer uma pequena lipoaspiração no local”, explica Humberto.

Quando se opta pela inclusão de implante para aumentar o queixo, a cirurgia dura cerca de uma hora. Se for feito avanço ósseo, o procedimento tem uma duração maior, entre 90 e 120 minutos. “A incisão da cirurgia é feita na parte inferior do queixo ou por dentro da boca, então as cicatrizes ficam praticamente imperceptíveis”, diz o médico.

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Após a mentoplastia, o paciente geralmente tem alta no mesmo dia e caso haja a colocação de prótese, esta ficará imobilizada por cerca de uma semana. Ao menos na primeira semana de pós-operatório o cirurgião plástico Humberto Pinto indica uma dieta líquida e o reforço da higiene oral para evitar infecções caso a incisão tenha sido intraoral.

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