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Joanete: a deformidade típica de quem vive de salto alto

Joanete: a deformidade típica de quem vive de salto alto

Veja como tratar o problema, que é mais comum em mulheres, mas também afeta os homens

Publicado em 25 de novembro de 2019 às 14:26

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Pés com joanetes. (Arquivo)

Tem gente que não se incomoda, não sente nada. Mas a verdade é que não fica muito bonito. O joanete é uma deformidade nos pés que vai muito além de um simples calo. O termo médico é hallux valgus ou hálux valgo. O problema consiste numa saliência óssea na região interna de articulação do halux, com grau variável de desvio para fora do dedão do pé. Algumas pessoas possuem uma maior predisposição a desenvolverem os joanetes, como aquelas que apresentam o dedão maior que o 2º dedo ou uma flexibilidade exagerada ou tenham pé plano.

O médico ortopedista e diretor regional do Estado da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé, Dr. Jorge Kriger explica em que idade é mais comum o desenvolvimento dessa deformidade. "Pode ocorrer na infância, por problema congênito, mas frequentemente ocorre na fase adulta, atingindo 23% da população, entre 18 e 65 anos e 35% acima dos 65 anos de idade", relata.

Os estudos mostram uma relação de 15 mulheres para cada um homem portador de hálux valgo, caindo de 2 para 1 no hálux valgo juvenil e se igualando homens e mulheres em populações que não usam sapato. Cerca de 60% das pessoas com joanetes têm história familiar da doença.

“O uso de calçados inadequados, como salto alto com bico fino ou apertados são a principal causa do surgimento das deformidades decorrentes do hálux valgo”, afirma o médico.

Além disso, o ortopedista explica que, em alguns casos, os joanetes não causam incômodo. Mas quando se manifestam podem apresentar dor, vermelhidão e inchaço na saliência óssea do dedão. Além disso, podem aparecer calosidades nos dedos afetados e planta do pé, sendo que os dedos deslocados desenvolvem rigidez progressiva com a deformidade. O diagnóstico e classificação dos joanetes se fazem através de radiografias dos pés.

Segundo Kriger, o tratamento conservador, sem cirurgia, não corrige deformidades, apenas ajusta o calçado ideal, aquele que é mais largo na frente e tem um salto pequeno. "O uso de protetores ortopédicos ou reparadores de dedo não corrige deformidades".

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Nos casos em que necessitam de procedimentos cirúrgicos, deve-se analisar detalhadamente o grau da deformidade e flexibilidade, além de deformidades nos outros dedos, corrigindo com osteotomias ósseas e procedimentos em partes moles. "Atualmente, mesmo após cirurgias ósseas, muitos pacientes podem colocar peso nos pés operados através de sandálias especiais", afirma ele.

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