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Entenda como é feita a cirurgia de reconstrução mamária

Entenda como é feita a cirurgia de reconstrução mamária

O procedimento é realizado com o objetivo de restabelecer a forma e a aparência da mama feminina. Para a reconstrução, tudo depende da quantidade de pele, gordura e glândula que precisou ser retirada na cirurgia

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 08:00

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Mulher cobrindo os seios: estudo de câncer de mama reacende debate sobre quando iniciar mamografias periódicas
Cirurgião plástico explica como ocorre o procedimento e quais são as diferenças de acordo com a proporção da retirada feita na mastectomia. (Shutterstock )

O Outubro Rosa marca o período em que as atenções se voltam à prevenção do câncer de mama, principalmente por meio do autoexame e da mamografia. “Muitas pacientes com prótese nos seios ficam com receio de fazer mamografia, mas não há problema algum. Alguns cuidados devem ser tomados no momento do exame para resultados mais precisos, evitando também danos à prótese”, explica o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

No caso da descoberta de um tumor, a cirurgia de retirada das mamas atualmente segue protocolos cirúrgicos menos invasivos e poupam mais a região operada, priorizando a estética e o tecido mamário, segundo pesquisa publicada por médicos do Hospital Sírio-Libanês no International Journal of Radiation Oncology. “Com os recursos da medicina moderna, grande parte dos tumores são curáveis desde que diagnosticados precocemente. Além disso, temos resultados muito bons após a mastectomia (cirurgia de retirada total dos seios). A cirurgia plástica é uma forma de resgatar a autoestima dessas pacientes”, diz o médico.

No caso da mastectomia, o tipo de reconstrução é definida de acordo com o tipo de tumor e o biotipo da paciente. “A avaliação é feita por uma equipe multidisciplinar de mastologista, cirurgião plástico, oncologista e outros profissionais”, diz o médico.

Reconstrução da Mama

Esse procedimento pode ser realizado tanto no momento da retirada do tumor quanto anos após o tratamento inicial. A cirurgia plástica reparadora tem o objetivo de resgatar a autoestima das pacientes. “Após a mastectomia, as mulheres optam por realizar a reconstrução mamária por diversas razões. E, para muitas delas, a reconstrução mamária é uma excelente alternativa para sentirem-se melhor”, diz o Dr. Mário. O procedimento é realizado com o máximo de cuidado com o objetivo de restabelecer a forma e a aparência da mama feminina.

Para a reconstrução, tudo depende da quantidade de pele, gordura e glândula que precisou ser retirada na cirurgia. “Se diagnosticado precocemente, um tumor pequeno e com diagnóstico histológico favorável, é retirada uma pequena parte da mama. Nestes casos, a cirurgia plástica é mais simples e a paciente retorna `a vida normal em cerca de uma semana”, diz o médico.

Já em casos mais avançados, se foi possível preservar pele e músculo, a opção pode ser por uma prótese de silicone. “Se não há espaço suficiente, podemos colocar um expansor, que é uma prótese que será preenchida de soro, aos poucos, no consultório do cirurgião plástico para expandir gradualmente os tecidos e permitir a colocação de prótese de silicone com consistência e formato muito próximos ao de uma mama normal em outra cirurgia posteriormente”, conta.

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É muito difícil se obter um resultado ideal em apenas um procedimento, normalmente são necessárias duas ou mais cirurgias

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Quando a retirada da pele também é necessária, tecidos de outras regiões podem ser utilizados. “As opções são várias e o cirurgião plástico sempre vai optar por aquela que traga o melhor resultado e que leve a uma recuperação mais rápida. `As vezes, é muito difícil se obter um resultado ideal em apenas um procedimento, normalmente são necessárias duas ou mais cirurgias”, argumenta o médico.

De acordo com o médico, é importante discutir com a paciente as expectativa em relação `as novas mamas. “Por mais que as próteses de silicone tenham evoluído e confiram aspecto o mais natural possível, sempre serão mais consistentes que a mama original. Além disso, muitas vezes não é possível preservar a sensibilidade da mama”, explica o médico.

Os riscos são os de qualquer outra cirurgia e para evitá-los, é necessário um pré-operatório rigoroso e seguir à risca as orientações após a cirurgia.

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