Problemas fazem parte da vida. Às vezes, eles podem tomar proporções maiores e entrarem para o âmbito judicial. Contudo, procurar os direitos costuma ser caro e demorado.
Segundo o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2017, mais de 29 milhões de novos casos ingressaram na Justiça. No mesmo ano, foram gastos R$ 91 bilhões para movimentar processos.
Para diminuir a espera, surgiram os Métodos Alternativos de Solução de Conflitos, como a mediação. Para Juliana Gava Carlini, coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas (Nuprajur) da Faculdade Doctum, métodos alternativos de solução de conflitos são importantes por dois motivos. Primeiro, para desafogar o Judiciário. Algumas causas podem ser resolvidas apenas com um acordo e ocupam o lugar e o tempo de outras que realmente precisam de um juiz. Segundo, para ajudar o cidadão. Devido à demora na resolução do litígio, muitas pessoas perdem o interesse no resultado da ação. Além disso, é muito mais efetivo quando ambas as partes conversam e chegam a um acordo do que quando alguém diz que o outro está errado e sentencia, afirma.
Também em 2017, o Nuprajur moveu 335 processos de mediação e conciliação contra 166 processos litigiosos. Juliana Reali Dias, orientadora do núcleo, explana a importância de aprender a técnica ainda na faculdade. Isso traz aos alunos uma experiência para quando formarem. Eles já estão preparados para essa exigência do mercado de trabalho.
Juliana Carlini explica que a mediação é um método novo, e muitos advogados que já estão no mercado há mais tempo têm dificuldades em lidar com a mudança. Visando esse diferencial, a Doctum aplica o método já na graduação.
Juliana Reali Dias, orientadora do núcleo, ressalta a importância de se aprender a técnica ainda na faculdade. Isso traz aos alunos uma experiência para quando se formarem. Eles já estão preparados para essa exigência do mercado de trabalho.
Desde 2007, a Doctum possui uma parceria com a Secretaria Municipal de Cidadania, Direitos Humanos e Trabalho de Vitória (Semcid). Agora o foco será na mediação de conflitos.
O público-alvo são as comunidades carentes. Os atendimentos acontecem por meio da Casa do Cidadão. O advogado Márcio André Nascimento Rosa, que concluiu a graduação na instituição, participou de práticas de mediação durante o curso. Ele comenta sua experiência no Nuprajur. Vejo o Núcleo de Práticas Jurídicas como a extensão dos braços da faculdade até as populações mais carentes. Vejo, ainda, como uma forma social de dar às comunidades acesso à Justiça, destaca.
Inicialmente, todos os clientes serão encaminhados para o núcleo de mediação do Nuprajur. Caso uma das partes não concorde, o processo é encaminhado para o setor litigioso.
Para ser amparada pelo Nuprajur, a pessoa deve residir em Vitória, ter rendimento bruto igual ou inferior a 40% do limite máximo dos benefícios do Regime Geral da Previdência Social, hoje correspondente a R$ 2,4 mil. A causa também deve correr na justiça de Vitória e dentro das matérias de Direito da família, do consumidor e civil.
Bloco C, Térreo - Setor "VITÓRIACOLHE - Centro de Referência em Direitos Humanos"
Atendimento pessoal para o agendamento no Nuprajur
Horário: das 13h às 18h
Agendamento por telefone: 3331-3033
Horário de atendimento: de 2ª a 5ª feira, das 09h às 17h
OBS.: será necessário informar CPF para o agendamento.
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