O Vaticano emitiu nova diretriz em que aconselha freiras de clausura a não exagerarem no uso das redes sociais. O documento ressalta que a recomendação é para evitar que "barulhos, notícias e palavras" interfiram em seus mundos que deveriam ser contemplativos e silenciosos.
O escritório do Vaticano para vida religiosa afirmou ainda que enquanto elas estiverem autorizadas a usar o Facebook, o Twitter e a ler notícias online, devem fazê-lo "com descrição e sobriedade".
O documento emitido pelo Vaticano também traz a orientação de que as religiosas devem prestar bastante atenção aos conteúdos online e ao "tipo e quantidade de informações" que consomem na rede.
As orientações vêm três semanas após um grupo de freiras na Espanha publicar um texto de protesto no Facebook. A publicação é um tipo de resposta à absolvição de cinco homens acusados de estuprarem uma adolescente durante um festival em 2016.
Com palavras de apoio às mulheres, elas escreveram, em 26 de abril: "Nós vivemos em clausura, usamos um hábito religioso que vai até quase os nossos tornozelos, não saímos à noite (a não ser que seja para uma emergência (médica)), não vamos à festas, não consumimos álcool e fizemos um voto de castidade. (Para nós) É uma opção que não nos torna melhores ou piores que ninguém, mesmo se, paradoxalmente, nos torne mais livres e felizes. E, por ser uma escolha LIVRE, defendemos com todos os sentidos disponíveis para nós (esse é um deles) o direito de todas as mulheres dizerem não livremente, sem serem julgadas, estupradas, intimidadas, assassinadas ou humilhadas por isso. Irmã, eu acredito em você".
A publicação recebeu 14 mil curtidas e foi compartilhada mais de 15 mil.
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