Publicado em 30 de abril de 2022 às 10:59
O diálogo entre Moscou e Washington sobre estabilidade estratégica no que diz respeito ao controle de armas nucleares está formalmente "congelado", informou neste sábado (30) a agência de notícias russa Tass, citando uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores.>
Vladimir Yermakov, chefe de não proliferação nuclear do Ministério das Relações Exteriores, disse que esses contatos podem ser retomados assim que a Rússia concluir o que chama de "operação militar especial" na Ucrânia.>
Yermakov afirmou que Moscou acredita que os Estados Unidos pretendem finalizar projetos para implantar mísseis de médio e curto alcance na Europa e na região Ásia no Pacífico. Ele, contudo, não apresentou provas para sustentar a afirmação.>
"O surgimento de tais armas nessas regiões vai piorar ainda mais a situação e alimentará a corrida armamentista", disse Yermakov.>
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Também neste sábado, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que a suspensão das sanções impostas ao país pelo Ocidente faz parte das negociações de paz com a Ucrânia.>
"As delegações russa e ucraniana estão discutindo diariamente por videoconferência um rascunho de um possível tratado", disse Lavrov, em comentário à agência de notícias oficial da China, Xinhua, publicado no site do Ministério das Relações Exteriores russo.>
Kiev alertou na sexta-feira que as negociações sobre o fim da invasão da Rússia, agora em seu terceiro mês, correm o risco de entrar em colapso.>
O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelenski, tem insistido desde que a invasão começou, em 24 de fevereiro, que as sanções ocidentais contra a Rússia precisam ser reforçadas e não podem fazer parte das negociações.>
Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, voltou a sofrer bombardeios de tropas russas neste sábado.>
"A situação na região de Kharkiv é difícil, mas nossas forças armadas e nossa inteligência, tiveram sucessos táticos significativos", disse Zelenski em discurso televisionado.>
A polícia ucraniana informou neste sábado que encontrou três corpos com as mãos amarradas em uma vala em Butcha, subúrbio de Kiev. No início de abril, a descoberta de centenas de corpos pelas ruas e em valas após a retirada de tropas russas dos arredores da capital provocou reações em todo o mundo.>
Em telefonema a Zelenski, o presidente da França, Emmanuel Macron, reiterou sua "forte preocupação" com o bombardeio a cidades ucranianas e com a "situação insuportável" na cidade portuária de Mariupol e disse que intensificará o apoio militar e humanitário à Ucrânia.>
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