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Pesquisadores de buracos negros dividem o Nobel de Física de 2020

Pesquisadores de buracos negros dividem o Nobel de Física de 2020

Dentre os anunciados, a americana Andrea Ghez é a quarta mulher a ser laureada com o Nobel de Física na história da premiação

Publicado em 6 de outubro de 2020 às 09:41

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Pesquisadores levam Prêmio Nobel por estudos relacionados às descobertas de buracos negros e o melhor entendimento do Universo.
Pesquisadores levam Prêmio Nobel por estudos relacionados às descobertas de buracos negros e o melhor entendimento do Universo. (Lucas Pezeta/ Pexels)

O Prêmio Nobel de Física de 2020 foi anunciado para o britânico Roger Penrose, o alemão Reihard Genzel e a americana Andrea Ghez por suas pesquisas relacionadas às descobertas de buracos negros e o melhor entendimento do Universo.

Penrose receberá metade do prêmio de 9 milhões de coroas suecas por mostrar que a teoria geral da relatividade leva à formação de buracos negros. Genzel e Ghez dividirão a outra metade pela descoberta de um buraco negro supermassivo, invisível e muito pesado no centro da nossa galáxia.

Ghez é a quarta mulher a ser laureada com o Nobel de Física na história da premiação. "Há uma responsabilidade em ser a quarta mulher a ganhar o prêmio. Eu espero poder inspirar outras mulheres na área", disse. "Há tantos prazeres na ciência, tem tanto para ser feito. Nós não sabemos o que há dentro dos buracos negros e é por isso que são objetos tão exóticos. É intrigante não saber e isso nos impulsiona a tentar entender melhor nosso mundo físico", disse em entrevista coletiva após ser contatada pela Academia Sueca.

Em 2019, a canadense Donna Strickland foi a terceira mulher na história do prêmio a ser laureada com o prêmio de física. Antes dela, apenas Marie Curie (1903) -que também recebeu o prêmio de Química em 1911- e Maria Goeppert-Mayer (1963) receberam um Nobel.

Por causa da pandemia do novo coronavírus, os laureados deste ano receberão os diplomas e as medalhas em casa.

Em 2019, o prêmio foi dividido entre James Peebles, Michel Mayor e Didier Queloz por ajudarem a explicar melhor o funcionamento do universo. As descobertas de Peebles contribuíram para a melhor compreensão sobre como o Universo evoluiu após o Big Bang, enquanto a dupla Mayor e Queloz foi responsável por descobrir um exoplaneta (planeta fora do Sistema Solar) que orbitava uma estrela do tipo solar.

No ano anterior, pesquisas com laser renderam a Arthur Ashkin, Donna Strickland e Gérard Mourou o prêmio tão cobiçado.

Ashkin foi premiado por inventar as chamadas pinças ópticas, que usam a força do raio laser focalizada para manipular objetos microscópicos, incluindo organismos vivos, como vírus e bactérias. Já Strickland e Mourou desenvolveram uma técnica de geração de pulsos de laser ultracurtos de alta intensidade. A técnica levou a novas pesquisas que possibilitaram a sua aplicação na industria e na medicina.

Na industria, tornou-se possível perfurar materiais com extrema precisão, enquanto na medicina surgiu a cirurgia Lasik, usada para tratar ou curar problemas de visão como a miopia, hipermetropia e astigmatismo.

A escolha do vencedor ou vencedores do prêmio é realizada por um grupo de 50 pesquisadores ligados ao Instituto Karolinska, na Suécia, escolhido por Alfred Nobel em seu testamento para eleger aqueles que tenham feito notáveis contribuições ao futuro da humanidade.

Nesta quarta (7) será anunciado o prêmio de Química, entregue pela Academia Real Sueca de Ciências, seguido pelo de Literatura na quinta (8), escolhido por 18 membros da Academia Sueca (composta por 18 pessoas, entre linguistas, acadêmicos, historiadores, escritores e juristas).

Já o Nobel da Paz, entregue por um comitê escolhido pelo Parlamento Norueguês, será anunciado na sexta (9), enquanto o Prêmio de Ciências Econômicas em Memória de Alfred Nobel, mais conhecido como Nobel de Economia, será anunciado na próxima segunda (12) pela Academia Real Sueca de Ciências.

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