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Papa lamenta 'Páscoa de guerra' e chama conflito na Ucrânia de sem sentido

Papa lamenta 'Páscoa de guerra' e chama conflito na Ucrânia de sem sentido

O pontífice criticou implicitamente a Rússia por arrastar a Ucrânia para um conflito "cruel e sem sentido"

Publicado em 17 de abril de 2022 às 12:19

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Em meio à celebração pelo fato de o público estar de volta, após dois anos de restrição por causa da Covid, à audiência Urbi et Orbi, o papa Francisco lamentou que o mundo esteja vivendo uma "Páscoa de guerra". O pontífice criticou implicitamente a Rússia por arrastar a Ucrânia para um conflito "cruel e sem sentido".

Cerca de 100 mil pessoas compareceram à praça de São Pedro após uma longa missa, segundo o Vaticano. Francisco dedicou grande parte do discurso à Ucrânia, comparando o choque da guerra no Leste Europeu ao dos apóstolos que o Evangelho diz que viram Jesus ressuscitado.

 O papa Francisco celebra a oração do Angelus da Basílica de São Pedro, no Vaticano, neste   domingo (21).    21/02/202
Papa Francisco dedicou grande parte do discurso à Ucrânia. (VAT - VATICANO/PAPA - INTERNACIONAL )

"Nossos olhos também estão incrédulos nesta Páscoa de guerra. Vimos muito sangue, muita violência. Nossos corações também se encheram de medo e angústia, como muitos de nossos irmãos e irmãs tiveram de se trancar para ficar a salvo de bombardeios", disse.

"Que haja uma decisão pela paz. Que acabe a exibição de músculos enquanto as pessoas sofrem." Francisco ainda agradeceu àqueles que acolheram refugiados da Ucrânia —que já passam de 5 milhões.

O pontífice, que sofre de dores crônicas nas pernas, resistiu bem durante a longa missa e depois percorreu a multidão na praça e em uma rua próxima, sentado no papamóvel aberto. Depois, leu a maior parte do discurso Urbi et Orbi da varanda sentado, de pé apenas no início e para a bênção final.

"Por favor, não nos acostumemos com a guerra", disse. "Que os líderes das nações ouçam o apelo do povo pela paz." Ele ainda pediu reconciliação entre israelenses e palestinos e entre os povos de Líbano, Síria, Iraque, Líbia, Mianmar e República Democrática do Congo.

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Na noite de sábado (16), Francisco compareceu a uma vigília pascal, sem presidi-la.

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