Publicado em 21 de agosto de 2020 às 14:17
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou que várias nações pelo mundo têm enfrentado novas ondas de casos da covid-19, após períodos em que o quadro esteve mais controlado. Durante entrevista coletiva virtual, ele disse que isso comprova a necessidade de que todos permaneçam vigilantes. "O progresso não significa vitória", ressaltou, lembrando que a maioria das pessoas "continua a ser suscetível para a covid-19". >
Ghebreyesus citou que já foram reportados mais de 22 milhões de casos da doença, com 780 mil mortes. "Mas não é apenas o número de casos e mortes que importa. Em muitos países, o número de pacientes que necessitam de hospitalização e cuidados avançados segue alto, colocando grande pressão sobre os sistemas de saúde e afetando a provisão de serviços para outras necessidades de saúde", alertou.>
O diretor-geral da OMS disse que nenhum país pode se considerar livre da doença até que exista uma vacina. Segundo ele, esta seria um "instrumento vital" e a entidade espera que surja essa opção. "Mas não há garantia de que nós a teremos e, mesmo se tivermos uma vacina, isso não encerrará a pandemia em si.">
Ghebreyesus ainda comentou que paralisações mais agressivas da economia (lockdowns) podem retirar pressão dos sistemas de saúde, mas "não são solução de longo prazo para qualquer país". Segundo ele, a OMS trabalha com todas as nações para passar a um "novo estágio da reabertura de suas economias, sociedades, escolas e empresas em segurança".>
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Também presente, a líder da resposta da OMS à pandemia, Maria Van Kerkhove, tratou da reabertura das escolas. Segundo ela, é importante se considerar o contexto em que elas operam, ao se pensar a reabertura. "Em locais com grande transmissão da covid, o vírus pode também entrar nas escolas", disse, complementando que as instituições de ensino devem ter planos claros sobre o que fazer quando surgirem casos da doença.>
Kerkhove informou ainda que a OMS está em contato com a Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA, na sigla em inglês) e outras entidades, a fim de contribuir para que se possa conseguir uma retomada segura das viagens aéreas pelo mundo.>
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