> >
Milei assina decreto para demitir funcionários públicos na Argentina

Milei assina decreto para demitir funcionários públicos na Argentina

Presidente vai demitir 7 mil funcionários; governo estuda ainda um congelamento salarial e a redução de 15% na remuneração para altos cargos

Publicado em 26 de dezembro de 2023 às 11:56

Ícone - Tempo de Leitura 2min de leitura

SÃO PAULO - O presidente da Argentina, Javier Milei, assinou nesta terça-feira (26) um decreto que estabelece critérios para a demissão de funcionários públicos.

Contratos de funcionários públicos com menos de 1 ano de trabalho não serão renovados. O decreto publicado no Diário Oficial do país informa que a decisão abrange contratos assinados a partir de 1º de janeiro de 2023 e que expiram em 31 de dezembro.

Argentina
Javier Milei, empossado como presidente da Argentina. ( Irina Dambrauskas/Folhapress )

A medida afeta cerca de 7 mil pessoas, segundo a imprensa argentina. São funcionários da administração central do Executivo, organizações descentralizadas do Estado, além de empresas públicas e corporações de maioria estatal, como a petroleira, como a petroleira YPF.

Caso algum órgão avalie que o funcionário não deve ser demitido, precisa justificar para o governo o motivo. O contrato pode ser prorrogado por mais 90 dias corridos, no máximo. A gestão Milei prepara uma auditoria em toda a máquina estatal.

Há grupos que ficarão isentos da medida e continuarão em suas funções, como pessoas trans ou com com deficiência. Também está isento o pessoal que "tenha prestado tarefas antes de 1 de janeiro de 2023 e tenha alterado a sua forma de contratação".

Sindicatos já estão em alerta e devem tomar providências acerca da decisão nos próximos dias. "Sem dúvida, ganha força em todo o país a necessidade de avançar para uma greve nacional e para a primeira paralisação total das atividades da administração pública em todo o país", disse Rodolfo Aguiar, do ATE (Associação Trabalhadores do Estado) ao jornal Clarín.

Além do corte no funcionalismo, o governo estuda reduzir o salário dos altos funcionários do governo. Segundo o Clarín, fala-se em um congelamento de vencimentos e redução de até 15% em alguns dos cargos.

Milei prometeu "choque" ao tomar posse

Ao tomar posse, o presidente da Argentina alertou que seria necessário fazer um forte ajuste fiscal. A inflação no país chegou a 142,7% nos últimos 12 meses, a pobreza atinge mais de 40% da população.

'Decretaço' é alvo de questionamentos na Justiça. Milei propôs mais de 300 medidas para desregulamentar a economia do país, incluindo a eliminação de controles de preços e da burocracia para ajudar a promover a atividade industrial. Os autores de uma ação judicial pedem que o decreto seja declarado inconstitucional.

Este vídeo pode te interessar

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

Tags:

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais