Publicado em 13 de agosto de 2020 às 18:04
O Departamento de Transportes dos EUA anunciou nesta quinta-feira (13) a suspensão de voos privados fretados com destino a Cuba, aumentando a pressão econômica dos EUA sobre o governo cubano. >
"O regime usa recursos vindos do turismo para financiar seus abusos e sua interferência na Venezuela. Ditadores não podem se beneficiar das viagens americanas", escreveu o secretário de Estado, Mike Pompeo, em uma rede social.>
A medida suspende todos os voos charter entre os Estados Unidos e os aeroportos de Cuba. São exceções os voos públicos fretados que sejam autorizados pelo governo e tenham Havana como origem ou destino; e voos privados, também mediante autorização, que tenham finalidade médica, de emergência, busca e resgate, e outras viagens consideradas do interesse de Washington.>
Para a maioria dos voos charter existentes, a suspensão entra em vigor em 13 de outubro. O decreto foi emitido no aniversário do falecido líder cubano Fidel Castro, observou um funcionário dos EUA.>
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Em maio, o Departamento de Transportes impôs um limite anual de 3.600 voos fretados para Cuba. Na prática, a medida manteve o volume dessa modalidade de tráfego aéreo no nível de 2019, impedindo que houvesse aumento.>
Em outubro passado, os Estados Unidos vetaram voos regulares para todas as cidades cubanas, exceto Havana. Poucos meses depois, em janeiro, o Departamento de Transporte ampliou a restrição e proibiu voos fretados para qualquer aeroporto cubano, exceto Havana.>
O presidente do Conselho de Comércio e Economia Estados Unidos-Cuba, John S. Kavulich, afirmou que desde que o ex-presidente Barack Obama (2009 - 2017) restabeleceu o tráfego aéreo comercial com a ilha, a importância dos voos privados diminuiu.>
"Não vai haver um impacto substancial", previu o especialista, mas indicou que serão afetadas as visitas de celebridades e empresários que utilizam esses voos para chegar à ilha.>
O anúncio desta quinta ocorre após a imposição de outras sanções pelos EUA, como a suspensão de cruzeiros, a proibição de alugar aviões para a companhia aérea estatal Cubana de Aviación e restrições ao envio de remessas de dinheiro à ilha.>
Após décadas de relações diplomáticas cortadas, Washington e Havana passaram um período de aproximação diplomática promovida por Obama.>
Mas desde a chegada de Trump à Casa Branca, em 2017, os EUA reforçaram o embargo à ilha que está em vigor desde 1962, sob o argumento de que o regime comete violações de direitos humanos e apoia o ditador venezuelano Nicolás Maduro.>
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