Publicado em 19 de março de 2020 às 15:20
O chanceler Ernesto Araújo reagiu, na tarde desta quinta (19), ao caso envolvendo o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e o embaixador chinês no Brasil, Yang Wanming.>
"É inaceitável que o Embaixador da China endosse ou compartilhe postagem ofensiva ao Chefe de Estado do Brasil", escreveu Ernesto em uma rede social.>
Ele acrescentou que as críticas de Eduardo "não refletem a posição do governo brasileiro" e terminou dizendo que conversará com ambas as partes para "promover um entendimento mútuo".>
Na noite de quarta (18), Yang fez duras críticas ao filho do presidente Jair Bolsonaro, por causa de declarações de Eduardo sobre a pandemia do novo coronavírus, e exigiu que o parlamentar se desculpasse.>
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Eduardo comparou a pandemia do novo coronavírus ao acidente nuclear de Tchernóbil, na Ucrânia, em 1986. As autoridades, à época submetidas a Moscou, ocultaram a dimensão dos danos e adotaram medidas de emergência que custaram milhares de vidas.>
"As suas palavras são um insulto maléfico contra a China e o povo chinês. Tal atitude flagrante anti-China não condiz com o seu estatuto como deputado federal, nem a sua qualidade como uma figura pública especial", escreveu Yang em uma rede social.>
O embaixador indicou como destinatários, além de Eduardo, os perfis do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, além do perfil institucional da própria Câmara.>
Na manhã desta quinta, Yang postou em sua conta no Twitter que havia recebido um "telefonema de ameaça" sobre a sua segurança pessoal e que esta não era a primeira a vez. "Vamos ver o que vai acontecer hoje, bem preparados para tudo", acrescentou.>
O post, que não citava o nome de Eduardo nem fazia referências diretas a nenhum oficial, foi apagado logo em seguida.>
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