Publicado em 24 de junho de 2025 às 11:39
Equipes de resgate encontraram nesta terça-feira (24/6) o corpo da publicitária brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que sofreu um acidente na última sexta-feira (20/6) durante uma trilha no monte Rinjani, um vulcão na Indonésia.>
Juliana participava de um passeio de três dias quando caiu em uma área de difícil acesso da montanha. Desde então, várias tentativas de resgate foram realizadas, mas o terreno íngreme, a grande altitude e o mau tempo impediram o sucesso das operações.>
A morte da jovem foi confirmada pelo perfil oficial criado pela família no Instagram, o @resgatejulianamarins.>
"Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido.">
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Segundo relatos da imprensa local e familiares, Juliana teria sido deixada para trás pelo guia Ali Musthofa após manifestar cansaço. >
Mas, em entrevista ao jornal O Globo, Musthofa negou ter abandonado a brasileira antes do acidente. Ele afirmou ter sugerido que ela descansasse enquanto ele seguiria um pouco adiante, como já havia sido relatado pela imprensa local. >
Segundo ele, o combinado era reencontrá-la um pouco mais à frente na trilha. O guia prestou depoimento à polícia no domingo, após descer da montanha.>
A BBC News entrou em contato com a família de Juliana e com a administração do Parque do Monte Rinjani para comentários.>
Os familiares da brasileira criticaram o fato de o parque permanecer aberto, permitindo a circulação de turistas na mesma trilha enquanto Juliana ainda aguardava resgate. >
"Enquanto Juliana PRECISA DE SOCORRO! Não sabemos o estado de saúde dela! Ela continua sem água, comida e agasalho há três dias!", afirmaram no Instagram.>
O monte Rinjani, com mais de 3,7 mil metros de altura, é o segundo maior vulcão da Indonésia e um dos destinos mais procurados por turistas de aventura. >
Em 2022, um português morreu ao cair de um penhasco no cume do vulcão. Em maio deste ano, um malaio também morreu após uma queda durante a escalada.>
Em entrevista à TV Globo, dois integrantes do grupo de Juliana relataram que a trilha era difícil. >
Um deles descreveu a subida como "muito dura" e disse que "estava muito frio, foi realmente muito difícil". >
Outro contou que, no momento do acidente, Juliana estava na retaguarda do grupo, acompanhada do guia. >
"Era bem cedo, antes do amanhecer, com visibilidade ruim, usando só uma lanterna simples para iluminar o caminho, que era difícil e escorregadio", disse.>
Juliana sofre queda durante a trilha no Monte Rinjani, descendo cerca de 300 metros em terreno íngreme.>
Última vez que Juliana foi vista, sentada na encosta, em imagens captadas por drone de turistas.>
Itamaraty emite pronunciamento informando que mobilizou autoridades locais em alto nível, com o embaixador em contato direto com agências de resgate. Dois funcionários da embaixada se deslocam para o local para acompanhar as buscas. Ministro das Relações Exteriores inicia contatos para solicitar reforços nas operações.>
Juliana é avistada por socorristas por meio de um drone, presa em uma encosta rochosa a uma profundidade estimada de 500 metros. Na observação visual, ela permanecia imóvel. A informação foi divulgada na segunda-feira, pelo perfil oficial do Parque Nacional do Monte Rinjani no Instagram.>
Equipes locais realizam operações de busca, interrompidas várias vezes por condições climáticas adversas.>
A página 'Visit Mount Rinjani' no Instagram publica uma nova atualização destacando que já se passaram dois dias desde o acidente na trilha do cume. O texto menciona que os gritos desesperados por socorro ouvidos no local ainda ecoam na memória de muitos e despertam profunda comoção. >
O parque informa que, até aquele momento, aguardava um comunicado oficial das autoridades e da equipe de resgate, que segue trabalhando em condições desafiadoras. A nota expressa esperança de que os esforços resultem em boas notícias e no encontro da brasileira em segurança.>
Resgate mais recente é interrompido devido ao mau tempo; já havia sido informado que buscas não ocorrem à noite.>
Funcionários da Embaixada do Brasil chegam ao local para acompanhar pessoalmente o resgate.>
A página no Instagram @resgatejulianamarins afirma que dois montanhistas experientes da região estão a caminho do local do acidente, com equipamentos especializados para apoiar as equipes. Não há confirmação se atuarão durante a noite. >
A página no Instagram @resgatejulianamarins afirma que buscas na Indonésia foram retomadas às 6h da manhã de terça-feira (24/6), no horário local. Uma furadeira teria sido posicionada para efetuar o "plano B" do resgate, e o uso de um helicóptero estaria sendo avaliado.>
A página no Instagram @resgatejulianamarins afirma que a equipe de resgate desceu 400m, mas estima que Juliana estaria mais longe, a cerca de 650m. Dois helicópteros, posicionados na ilha de Sumbawa e na capital, Jacarta, estariam de prontidão para decolar.>
A página no Instagram @resgatejulianamarins divulga que há três planos de resgate em vigor no momento e confirma a impossibilidade de seguir com o helicoptero pela condição climática atual. O horário local na ilha de Tombok é 15:45.>
Autoridades do parque onde aconteceu o acidente fecham trecho da trilha onde estão tentando realizar o resgate para evitar a aglomeração de turistas curiosos.>
A página no Instagram @resgatejulianamarins confirma que Juliana foi encontrada morta.>
Com mais de 3.700 metros de altitude, o Monte Rinjani é o segundo vulcão mais alto da Indonésia e um dos destinos preferidos de turistas para trilhas. Mas os registros de acidentes na região não são raros.>
Em dezembro de 2021, um montanhista de 26 anos, natural de Surabaya, morreu após cair em um desfiladeiro de 100 metros de profundidade enquanto subia o Monte Rinjani pela rota de Senaru, em North Lombok.>
Em agosto de 2022, um alpinista português, de 37 anos, morreu ao despencar de um penhasco no cume do Monte Rinjani. Ele caiu enquanto tirava uma selfie na beira do abismo. O acidente ocorreu no dia 19 de agosto e o corpo foi retirado do local no dia 22.>
Em setembro de 2024, um escalador de Jacarta desapareceu após supostamente cair em um desfiladeiro na área do Monte Rinjani, em 28 de setembro. O corpo foi localizado por um drone com câmera térmica, a centenas de metros de profundidade, e resgatado uma semana depois.>
Em outubro de 2024, um alpinista irlandês caiu em um desfiladeiro de 200 metros enquanto subia rumo ao cume do Monte Rinjani, em 9 de outubro. Ele foi resgatado pela equipe de busca e salvamento (SAR) e sofreu apenas ferimentos leves.>
Em maio de 2025, um montanhista da Malásia, Rennie Bin Abdul Ghani, de 57 anos, morreu ao cair durante a descida do Monte Rinjani pela rota de Torean. Ele despencou em um desfiladeiro com cerca de 80 a 100 metros de profundidade, na trilha de Banyu Urip, quando o grupo retornava do cume.>
Em junho de 2024, uma turista suíça morreu após cair na trilha do Bukit Anak Dara, no distrito de Sembalun, East Lombok. A estrangeira havia se arriscado por uma rota ilegal.>
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