Publicado em 22 de agosto de 2024 às 14:28
O presidente dos EUA, Joe Biden, destacou a urgência de alcançar um cessar-fogo em Gaza e de firmar um acordo para a libertação de reféns em conversa com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, segundo a Casa Branca. >
Na ligação, realizada na quarta-feira (21/8), com a participação da vice-presidente Kamala Harris, Biden enfatizou a importância de eliminar todos os obstáculos que impedem um acordo com o Hamas.>
Biden também reafirmou o compromisso dos EUA em ajudar a defender Israel contra ameaças vindas do Irã, incluindo grupos extremistas apoiados por Teerã, como o Hamas, o Hezbollah e os houthis.>
A ligação ocorreu após uma visita diplomática do secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, ao Oriente Médio, onde buscou um acordo que pudesse pôr fim ao conflito.>
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Na quarta-feira, o gabinete de Netanyahu reiterou que Israel planeja manter tropas em uma faixa de terra ao longo da fronteira entre Gaza e o Egito, conhecida como o "Corredor Filadélfia", caso seja firmado um acordo.>
"Israel insistirá no cumprimento de todos os seus objetivos de guerra, conforme definidos pelo gabinete de segurança, incluindo garantir que Gaza nunca mais represente uma ameaça à segurança de Israel. Isso requer a segurança da fronteira sul", afirmou um comunicado.>
A questão tornou-se um ponto crítico nas negociações, com o Hamas insistindo até agora na retirada completa das tropas israelenses de Gaza. >
O Egito também se opõe à presença de forças israelenses em sua fronteira com Gaza.>
Na segunda-feira (19/8), Blinken declarou que Israel aceitou uma "proposta intermediária dos EUA", após uma reunião de três horas com Netanyahu em Jerusalém. >
Ele não confirmou à BBC se essa proposta incluía a retirada das tropas israelenses do Corredor Filadélfia, mas a insistência pública de Netanyahu nesse plano parece ter gerado desconforto em Washington.>
Um funcionário do governo americano acusou Netanyahu de fazer "declarações maximalistas" que não ajudavam a avançar nas negociações para o cessar-fogo.>
Uma nova rodada de negociações sobre o cessar-fogo está programada para ocorrer no Cairo neste fim de semana, com a participação de representantes dos EUA, Israel, Egito e Catar. >
Embora o Hamas ainda não tenha confirmado presença, acredita-se que continue recebendo atualizações sobre as negociações por mediadores egípcios e cataris.>
Na segunda-feira, um membro do escritório político do Hamas disse à BBC que o grupo já havia concordado com um acordo em 2 de julho por meio de mediadores e, por isso, não precisava de uma nova rodada de negociações ou discutir as novas exigências de Netanyahu.>
"Mostramos máxima flexibilidade e positividade", afirmou Basem Naim, membro do Hamas. >
Ele acusou Netanyahu de não estar interessado em um cessar-fogo, mas sim em inflamar a região para servir a seus próprios interesses políticos.>
Na quarta-feira, em Gaza, pelo menos 50 palestinos foram mortos em ataques aéreos israelenses, de acordo com autoridades de saúde ligadas ao Hamas. >
As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram ter atingido cerca de 30 alvos em todo o território, incluindo túneis, locais de lançamento de foguetes e um posto de observação.>
Entre os alvos estava a escola Salah al-Din, administrada pela ONU na Cidade de Gaza, que as FDI disseram ser usada por operativos do Hamas como esconderijo. >
O ataque matou pelo menos quatro pessoas e feriu outras 15, segundo o serviço de Defesa Civil administrado pelo Hamas.>
Philippe Lazzarini, chefe da agência de refugiados palestinos da ONU, afirmou que crianças morreram no ataque, algumas delas "queimadas até a morte".>
"Gaza já não é mais um lugar seguro para crianças. Elas são as principais vítimas dessa guerra impiedosa", disse Lazzarini, acrescentando que "um cessar-fogo já deveria ter sido alcançado há muito tempo".>
Israel lançou sua campanha militar em Gaza após um ataque sem precedentes de militantes armados do Hamas no sul de Israel, em 7 de outubro, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e no sequestro de 251 reféns.>
Desde então, mais de 40.223 pessoas foram mortas em Gaza, segundo o ministério da Saúde controlado pelo Hamas, que não especifica quantos desses mortos são civis ou combatentes. A ONU informa que a maioria das vítimas eram mulheres e crianças.>
Na quarta-feira, Israel e o Hezbollah, grupo militante baseado no sul do Líbano, também trocaram disparos. >
Israel relatou ter atingido um depósito de armas do Hezbollah no Vale do Bekaa, no Líbano, durante a noite. O ministério da Saúde do Líbano informou que uma pessoa foi morta e outras 30 ficaram feridas.>
Em resposta, o Hezbollah, que é apoiado pelo Irã, afirmou ter lançado foguetes contra posições militares israelenses nas Colinas de Golã. >
As autoridades israelenses relataram que duas casas foram atingidas e uma pessoa ficou ferida.>
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