Publicado em 19 de janeiro de 2023 às 08:00
Com a diminuição do poder de compra, o consumidor vem buscando cada vez mais alternativas para financiar a compra de veículos novos ou seminovos. Se por um lado essas operações deixam o cliente mais perto de realizar um sonho, por outro, demandam mais responsabilidades, exigindo disciplina financeira. >
Comumente, o fator que atrai a contratação desse tipo de investimento são os benefícios, entre eles a isenção de juros. Ou seja, paga-se uma taxa administrativa pelo acordo, que pode durar até, em média, 72 meses. E, mesmo se o cliente desistir do processo, é permitido resgatar o dinheiro pago. Uma outra vantagem é a possibilidade de escolher o valor e a quantidade das parcelas.>
Para o gerente de Operações e Negócios do Sicoob ES, Jair Luiz Trés Junior, o consórcio é uma modalidade de compra que cresce no Brasil por apresentar o menor custo final de aquisição, em razão das taxas atrativas, e a possibilidade de pagar parcelas que cabem no orçamento do consorciado, até ele ser contemplado no sorteio. "Dessa forma, é possível trocar seu veículo de forma programada, e com mais vantagens", analisa.>
O gerente complementa: “Quem opta por adquirir um consórcio é incluído em um grupo com outros consorciados, que garantem, por meio do autofinanciamento, a soma dos valores necessários para a compra do bem, com o estabelecimento prévio de regras, prazos e valores”.>
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Em compensação, no financiamento, os recursos do crédito são liberados imediatamente e apresenta flexibilidade de escolha da quantidade de parcelas, mediante a contratação de uma taxa de juros fixa ou não. E daí surge uma desvantagem em comparação ao consórcio, mas ambos permitem financiar até 100% do valor do carro ou da moto e possuem prazos máximos de pagamento similares>
Como aponta o economista Ricardo Aguilar, “no financiamento normal, você pega o dinheiro emprestado e, depois, paga com juros. Já no consórcio, você e outras pessoas que desejam comprar um veículo contribuem com uma parcela mensal para montar uma espécie de poupança conjunta”.>
Ricardo Aguilar
EconomistaMas tudo depende da sua necessidade. “O consórcio é a modalidade ideal para pessoas que podem fazer uma compra programada, ou seja, que não precisam do veículo imediatamente, e que querem contar com um menor custo final de aquisição. Já o financiamento é mais indicado para aqueles que não podem aguardar um determinado tempo para a aquisição do seu carro”, explica Jair.>
No consórcio, o cliente paga ao banco antes de comprar o veículo e, ao longo do tempo, pode ser contemplado em um sorteio e receber o carro ou a moto antes. >
Um sorteio é feito todos os meses. Nele, uma pessoa do grupo é selecionada para receber a carta de crédito, com o dinheiro para efetuar a compra. Se o consumidor não quiser esperar até o final do consórcio ou não for sorteado de cara, pode dar lances, como um leilão. Quem der o maior valor leva o benefício. Ao contrário do que se possa imaginar, há chances de ser escolhido logo no primeiro mês, mas as parcelas se mantém como obrigações financeiras.>
Quando se opta por consórcio de carro, por exemplo, na hora de decidir os valores a serem pagos, deve-se escolher o tipo de veículo e pagar no consórcio o valor tabelado pela concessionária. >
Outra ressalva é levantada pelo representante do Sicoob: “Por estarmos em um cenário de taxa de Selic alta, o que se reflete diretamente no valor do financiamento para o cliente final, é necessário ficar atento ao custo efetivo total da operação de crédito, fazer simulações, pesquisar e optar pela proposta que se adeque ao orçamento e necessidade de compra do cliente”.>
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