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Polícia ambiental identifica 17 hectares desmatados de mata nativa no Sul do ES

Polícia ambiental identifica 17 hectares desmatados de mata nativa no Sul do ES

Foi constatado pela PMA que a área desmatada na região do Caparaó é equivalente a 17 campos de futebol

Publicado em 10 de maio de 2023 às 14:24

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Desmatamento sul do ES
Área com desmatamento irregular identificada em Celina, zona rural de Alegre. (Diego Gomes)
Sara Oliveira
Repórter / [email protected]

Mais de 17 hectares de vegetação nativa foram desmatados no Sul do Espírito Santo só este ano. Os dados são da Polícia Militar Ambiental, e abrangem diferentes áreas fiscalizadas na região do Caparaó, de janeiro a abril de 2023. Com impacto direto no ecossistema local, os dados correspondem a 17 campos de futebol desmatados de forma irregular.

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Uma área descoberta de vegetação nativa pode provocar erosão, assoreamento dos rios, enchentes [...] Quem sofre é a própria população

Tenente Ailton Nunes, em entrevista à TV Gazeta Sul.
Polícia Militar Ambiental
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Tenente Ailton Nunes, da Polícia Militar Ambiental.
Tenente Ailton Nunes, da Polícia Militar Ambiental. (Diego Gomes)

O número cresceu em relação ao mesmo período do ano passado. De janeiro a abril de 2022, mais de 13  hectares foram desmatados de forma irregular. De acordo com o tenente Ailton Nunes, responsável pela fiscalização da Polícia Militar Ambiental na região do Caparaó, no sul do estado, os municípios com registros mais frequentes são Iúna, Muniz Freire, Alegre e Guaçuí, com a finalidade de expandir as atividades de agropecuária ou para plantação de café.

Segundo o tenente, o aumento dos números se deve à otimização da fiscalização, que agora conta tecnologias como o uso de drones e satélites, permitindo uma análise histórica da área desmatada.

“Conseguimos analisar se a área realmente foi desmatada para interesse econômico, se é um pequeno ou grande produtor, se ele tem cadastro ambiental e se aquele ato foi uma infração isolada ou se ele vem fazendo isso há vários anos”, explicou o tenente em entrevista à TV Gazeta Sul.

Desmatamento sul do ES
O desmatamento na região sul geralmente tem finalidade de expandir as atividades de agropecuária ou para plantação de café. (Diego Gomes)

Quando a irregularidade é identificada, a área pode ser embargada para recuperação da vegetação nativa. Já a penalidade para o produtor, pode chegar a três anos de prisão, se houver flagrante. A população pode acionar os órgãos de fiscalização por meio do Disk Denúncia.

“É muito importante que a população perceba que ela também pode ser prejudicada por essas ações. Ela faz parte desse contexto que compreende a denúncia, a fiscalização, até porque o meio ambiente é nosso”, ressalta o tenente Nunes.

Mais de 400 autos de infração no Sul

A supressão de vegetação sem autorização dos órgãos competentes é crime. De acordo com o Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf), entre 2018 a abril de 2023, foram lavrados 465 autos de infração por desmatamento nos municípios do Sul do Estado.

“O instituto segue acompanhando a recuperação florestal das áreas que foram embargadas e intensificou as fiscalizações com a utilização de drones para monitorar a cobertura florestal do Estado, a fim de coibir o desmatamento. O Idaf ainda ressalta, que desmatamento é crime e quem comete no Espírito Santo não fica impune. Quem presenciar desmatamento irregular, pode denunciar anonimamente pelo 181", informaram por meio de nota.

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