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Sem equipe, Marcos Foca ataca de barman e modelo para se manter

Sem equipe, Marcos Foca ataca de barman e modelo para se manter

O atleta, que é especialista em salto em distância e salto triplo, voltou para o Estado e se vira como pode

Publicado em 16 de fevereiro de 2018 às 22:46

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As barreiras pelo caminho não desanimam Marcos Foca. Aos 20 anos, o capixaba, que é especialista em salto em distância e salto triplo, mantém vivo o sonho de se tornar um atleta olímpico. Nem que, para isso, ele tenha que ser garçom, barman, pedreiro e até modelo fotográfico.

Marcos fazia parte da Asa São Bernardo-Caixa desde o início do ano passado. No entanto, a equipe paulista parou de receber verbas da Prefeitura de São Bernardo do Campo e, por isso, precisou paralisar as atividades.

“A prefeitura não está repassando verba desde junho do ano passado e a gente não podia competir. Teve um Brasileiro, em Porto Alegre, e ninguém foi. Estou em busca de novas equipes, já que perdi ajuda de pessoas e empresas. Muitas equipes grandes estão passando pelo mesmo problema e tendo que fechar as portas, inclusive a B3, que era uma das melhores do Brasil.”

Sem equipe e sem patrocínio, o atleta voltou para casa, na Serra, e se vira como pode para se manter financeiramente. Com fôlego para dar e vender, Marcos tirou várias cartas na manga, inclusive, se juntou a um amigo fotógrafo e passou a procurar lojas para parcerias. “Sempre fui fotogênico, então não fiz nenhum tipo de treinamento. Decidi virar atleta e modelo, porque aí ganho roupa, sunga, material de treino. Também sou barman, garçom, até trabalho de pedreiro, pintor...”.

Mesmo sem clube, Marcos tenta se manter em alto nível. Pelo menos três vezes por semana ele sai da Serra Sede para treinar na pista do Ifes, em Vitória. Sua ex-treinadora da equipe de São Bernardo, Luciana Alves, que disputou Atenas-2004, é quem faz as planilhas de treinos do jovem.

“Ela faz por amor, não me cobra nada. Nós, atletas, pensamos que a Olimpíada do Rio iria abrir portas. Pelo contrário, fechou muitas portas. A Olimpíada é um sonho para mim, mas é bem difícil nesse cenário. Se não for em 2020, vai ser em 2024, porque quero muito poder representar o meu Estado”, finalizou.

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