Nos últimos anos temos ouvido muito sobre o orgasmo e todas as maravilhas que é sentir uma onda orgástica, mas precisamos lembrar que, mesmo sendo ótimo, não é uma via de regra.

Todo ato sexual tem que ter orgasmo? Seria ótimo, mas não, o mais importante na relação sexual, seja sozinho ou com alguém, é o prazer do momento e, de prazer em prazer, o orgasmo chega. E quando ele não está acontecendo? O que poderia ser?

Quando a "falha", se assim podemos definir, é na fase orgástica chamamos de “Anorgasmia”. Trata-se de uma dificuldade ou incapacidade de atingir o orgasmo, seja por demorar muito ou falta de estímulo suficiente, levando a pessoa ao sofrimento.

As causas são variadas e podem ser fisiológicas ou psicológicas. Em sua maioria são de ordem psicológica, como, por exemplo, a ansiedade de não conseguir atingir o ápice. Parece que existe um relógio na cabeça avisando algo como, "está demorando, hein!".

Outro fator pode ser a preocupação excessiva com o "achômetro" da parceria em pensamentos do tipo, "o que ele ou ela está achando?", "o que está sentindo?" ou "será que está cansada?", em que a mulher não consegue relaxar e aproveitar o momento. Existem também os efeitos de algumas medicações que podem interferir.

Também há tabus muito presentes na sociedade, como não poder se masturbar ou crenças limitantes, como sexo só com a parceria e proveniente dela. A sexualidade é complexa e existem vários fatores que podem estar interferindo na fase orgástica. O ideal é procurar um especialista sexólogo para te aconselhar nesse processo. Enquanto isso, vou te ajudar com umas dicas preciosas.

Se você não conhece seu corpo e não sabe como funciona, o outro - especialmente se "chegou" agora - não vai saber. O autoconhecimento é para identificar (em seu corpo) onde e como é bom para você. Como exercício, pegue um espelhinho e um óleo e explore seu corpo, identificando possíveis áreas de prazer.

Esteja "presente" no momento sexual e isso indica estar de corpo e mente na situação. Esqueça a conta para pagar, a sogra que reclamou de algo e a comida que tem que ser feita e se conecte com você e com o que esteja sentindo. Coloque uma música, um cheiro, e toque bastante seu corpo e o do outro.

Procure uma posição confortável e erótica. É muito importante uma posição que facilite os estímulos fisiológicos e psicológicos, como a posição de 4, em que a mulher se sente sensual, com um estímulo profundo.

Sim, na hora da relação sexual você pode se tocar. Não é feio, não vai ofender a parceria (se ofender, vale conversar sobre inseguranças) e não significa que o outro é insuficiente. O ato só mostra como você esta confortável com seu corpo e prazer. Vale usar um vibrador ou outro acessório para ajudar.

Os exercícios do assoalho pélvico funcionam muito nessa hora. A contração e o relaxamento te trazem presente para o momento e estimulam as zonas erógenas. Pompoarismo, kegel e fisioterapia pélvica são ótimos.