Poliana (Matheus Nachtergaele) em Vale Tudo. Crédito: Globo/Fábio Rocha
Você já ouviu falar em assexualidade? Ainda pouco discutida, essa orientação sexual faz parte da vida de muitas pessoas. O termo ganhou visibilidade recentemente quando a personagem Poliana, da novela Vale Tudo, da TV Globo, revelou à irmã que se identifica como assexual.
Mas, afinal, o que significa ser assexual? Diferente do que muita gente pensa, assexualidade não é falta de libido, problema hormonal ou “frigidez”, como se dizia antigamente. É simplesmente uma forma diferente de viver a sexualidade: sem sentir desejo sexual por outras pessoas.
Estudos apontam que entre 1% e 2% da população mundial se identifica como assexual. Isso não significa, porém, que essas pessoas não queiram ter relacionamentos. Pelo contrário: muitos vivem romances e afetos, com parceiros que podem ser também assexuais — ou que constroem relações abertas e negociadas.
É importante diferenciar a assexualidade de abstinência ou celibato, que são escolhas conscientes de não manter relações sexuais. A assexualidade é uma identidade e orientação sexual. Pessoas assexuais podem sentir atração romântica, emocional ou estética, mas não necessariamente têm interesse em práticas sexuais.
Relacionamento sem sexo?
Sim, é possível. A assexualidade é marcada pela ausência total ou parcial de atração sexual. Alguns mantêm conexões românticas sem sexo, outros optam por incluir a prática em nome do carinho ou da satisfação do parceiro. A chave está na comunicação e no respeito.
O carinho pode dar lugar ao sexo em alguns relacionamentos. Crédito: New Africa/Shutterstock
Relacionamento não é sinônimo de sexo. Intimidade também se constrói com cuidado, afeto e companheirismo — desde que os envolvidos estejam alinhados.
Combate ao preconceito
No consultório, ainda são comuns frases como: “é só uma fase”, “ele não encontrou a pessoa certa” ou “será que sofreu algum trauma?”. Comentários assim reforçam a invisibilidade e podem gerar sofrimento psicológico.
O papel da psicologia não é “curar”, mas acolher, apoiar a autoaceitação e ajudar essas pessoas a enfrentarem os desafios sociais. Afinal, a assexualidade não é doença.
Reconhecer a diversidade da sexualidade humana é respeitar diferentes formas de existir — e abrir espaço para conversas que, como mostrou Poliana, ainda precisam ganhar mais visibilidade.
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