Publicado em 1 de julho de 2023 às 08:00
Aromaterapia é uma terapia que utiliza os óleos essenciais, extraídos de plantas, flores, frutas, raízes, resinas e cascas. A técnica equilibra, harmoniza e promove o bem-estar da saúde física, mental e emocional. Atualmente, é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como terapia complementar. Inclusive, é oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) como uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. >
Segundo a aromaterapeuta Solange Lima, a aromaterapia é uma prática integrativa que ajuda a equilibrar e harmonizar a saúde física, mental e emocional, oferecendo bem-estar e equilíbrio. Quando aliada à massagem, acupuntura, reiki, psicoterapia ou a técnicas energéticas, por exemplo, pode potencializar o efeito dos óleos essenciais e trazer resultados a curto prazo. >
Alguns benefícios do uso dos óleos essenciais: >
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“Lembrando que é um trabalho que complementa um tratamento médico, por meio do equilíbrio emocional e atuando sobre a causa emocional das doenças”, ressalta Solange Lima. >
Uma das formas de uso dos óleos essenciais é por meio da inalação. A aromaterapia mostra que há ligações entre o olfato e os sentimentos. Ao inalar os aromas, os canais olfativos mandam mensagem diretamente para o sistema límbico, que é a parte do sistema nervoso responsável pelas emoções. Para isso, podem ser usados inaladores nasais, aromatizadores de ambiente, difusores elétricos e ultrassônicos e colares aromáticos pessoais. >
“O olfato é o sentido que está mais ligado às regiões do cérebro envolvidas em emoções e memórias. Alguns cheiros podem fazer com que ocorra a ativação do hipotálamo, resultando na produção de hormônios que controlam as funções fisiológicas, como apetite e comportamento sexual,” esclarece Solange Lima. >
Outra maneira de usar os óleos essenciais é por meio da aplicação na pele. No entanto, eles devem ser usados em forma de cosméticos naturais à base de óleos vegetais e óleos essenciais, como cremes, xampus, sabonete, produtos faciais, escalda-pés, entre outros. >
“Nunca utilize um óleo puro sobre a pele. Por isso, é preciso ter o cuidado ao usá-los [os óleos] apenas diluídos em óleos vegetais, bases neutras de creme hidratante ou álcool de cereais. Somente os aromaterapeutas podem indicar as quantidades e diluições corretas para um tratamento individualizado”, enfatiza a especialista. >
Outra região do cérebro ativada pelos óleos essenciais é o hipocampo, importante para a formação das memórias olfativas. Um cheiro pode, por exemplo, desencadear memórias de nossa infância ou de experiências que foram boas ou ruins. >
“Não apagamos memórias, uma vez registradas, elas passarão a fazer parte de nossas vidas, pois estão registradas no cérebro. Aí que podemos trabalhar, com o uso dos óleos essenciais, emoções atreladas a estas memórias. Existem muitos óleos essenciais apropriados para limpar velhas emoções, que podem estar contaminando nossa memória”, afirma Solange Lima. >
Solange Lima esclarece que, mesmo sendo uma prática natural , existem contraindicações. Gestantes, crianças e idosos, por exemplo, precisam tomar cuidado com o uso de óleos essenciais. “Como os óleos essenciais são concentrados e cada gota pode ter mais de 200 componentes químicos em sua composição, podem, sim, ter contraindicações diversas, vai depender da individualidade”, evidencia. >
O óleo essencial de ylang-ylang (flor oriental), por exemplo, possui um aroma forte e exótico. Por isso, deve ser evitado por quem tem pressão baixa. “Alguns óleos, como o alecrim, não podem ser usados em caso de hipertensão e epilepsia. Por isso, a importância sempre de acompanhamento com um aromaterapeuta, que é o profissional mais indicado”, acrescenta a especialista. >
O termo “aromaterapia” foi usado pela primeira vez no século XX, por Maurice René Gattefossé, químico francês. Porém, os princípios em que a técnica se baseia remontam a tempos muito antigos. Há 40.000 a.C., os aborígenes australianos já utilizavam plantas aromáticas, como a Melaleuca alternifolia (também conhecido como tea tree ), que tem ação antiviral e antibactericida. >
A Índia é uma das regiões mais ricas em plantas aromáticas. Há mais de 7000 a.C., as famosas “águas aromáticas” eram utilizadas na medicina ayurvédica. Na China, há 4500 a.C., o Imperador Vermelho Shen Nong redigiu o mais antigo tratado da fitoterapia, em que cita inúmeras plantas aromáticas. >
No Egito Antigo, considerado um dos berços da medicina, as plantas aromáticas também eram utilizadas. Na técnica de embalsamento, por exemplo, essências aromáticas e unções alquímicas eram usadas para preservar o corpo de faraós e sacerdotes. Além disso, muitos conhecimentos sobre usos de ervas e óleos essenciais foram registrados em papiros. Inclusive, alguns deles estão expostos no Museu de Leipzig, na Alemanha. >
“Cleópatra foi a primeira aromaterapeuta da história, que costumava usar jasmim, patchouli e rosas, com o intuito de seduzir. Conta-se que ela enchia recipientes de águas com pétalas de rosas e mergulhava os pombos, depois os soltava no ambiente e, conforme eles batiam as asas, aromatizavam o ambiente. Desse modo, ela seduzia os homens”, conta a aromaterapeuta. >
*Solange Lima é terapeuta integrativa e numeróloga. Trabalha com terapia holística há mais de 10 anos associada às técnicas naturais: cromoterapia, aromaterapia, reiki e florais para ajudar a amenizar e equilibrar as emoções.>
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