Publicado em 9 de dezembro de 2022 às 09:36
O cantor Nick Carter, integrante da banda Backstreet Boys, foi processado, nesta quinta-feira (8), em um tribunal de Beverly Hills, na Califórnia, nos Estados Unidos, por suposto estupro e agressão física contra uma fã autista de 17 anos após um show durante turnê do grupo em 2001. >
Hoje com 39 anos, a mulher, que atende pelo nome de Shannon Ruth, deu entrevista coletiva após a formalização do processo e acrescentou que fez a denúncia junto com outras três vítimas que preferiram permanecer anônimas, mas que também relatam que foram estupradas por Carter quando mais novas.>
"Os últimos 21 anos foram cheios de dor, confusão, frustração, vergonha e automutilação, que são o resultado direto de que Nick Carter me estuprou", disse Ruth com lágrimas nos olhos ao relembrar o ocorrido.>
Segundo a vítima, o abuso teria acontecido após ela assistir a um show dos Backstreet Boys na cidade de Tacoma, no estado de Washington, e o artista a convidar para entrar no ônibus quando a viu fazendo fila para pedir um autógrafo. Depois disso, ainda de acordo com o depoimento, Carter a obrigou a beber álcool e a levou para uma cama dentro do ônibus, onde a agrediu fisicamente e a estuprou.>
>
"Depois de me estuprar, lembro que ele me chamou de 'puta retardada' e que me agarrou e deixou hematomas no meu braço", explicou Ruth, acrescentando que era virgem na época e que acabou infectada com o vírus do papiloma humano (HPV). Às lágrimas, ela ainda destacou que, embora seja "autista e com paralisia cerebral", o evento com Carter foi "o que mais afetou" sua vida.>
Ruth afirmou que não denunciou o cantor antes por medo de retaliação. "Espero que, ao ir a público hoje, outras mulheres encontrem coragem para falar e exigir que Nick Carter assuma a responsabilidade". Na coletiva de imprensa, ela foi apoiada por seu advogado, Mark Boskovich, para quem o objetivo do processo é "impedir" que Nick Carter "agrida mais adolescentes e mulheres", bem como para mostrar que a indústria da música "não pode continuar olhando para o outro lado".>
Boskovich explicou que declarações de outras três mulheres, por enquanto anônimas e com casos semelhantes, foram incluídas na ação civil que busca indenização financeira. "Esperamos que qualquer outra pessoa que tenha sido agredida sexualmente por Carter nos ligue ou nos mande um e-mail", sinalizou ainda Boskovich.>
Esta não é a primeira vez que o dançarino e compositor é acusada de agressão sexual. Em 2017, Melissa Schuman, ex-integrante do grupo pop Dream, disse que Carter a estuprou em 2002 quando ela tinha 18 anos, uma alegação que ele negou na época. A denúncia acabou não gerando consequências criminais para Carter.>
A nova acusação ocorre apenas um mês após o seu irmão mais novo, Aaron Carter, ser encontrado morto dentro de uma banheira em uma casa localizada no município de Lancaster, na Califórnia, Estados Unidos. Até o momento, Carter, de 42 anos, ainda não respondeu aos pedidos da imprensa para comentar a acusação.>
O integrante dos Backstreet Boys, grupo pop que fez sucesso nos anos 1990, também não se pronunciou em suas redes sociais, nas quais tem se dedicado a homenagear o irmão mais novo. >
* Com informações da EFE e AFP>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta