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Publicado em 20 de novembro de 2025 às 14:00
O Dia da Consciência Negra, celebrado neste 20 de novembro, é mais do que uma homenagem a Zumbi dos Palmares: é um chamado à reflexão sobre o racismo, a desigualdade e a história de resistência do povo negro no Brasil e no mundo. >
O cinema, com sua capacidade de emocionar e provocar, se torna uma poderosa ferramenta para compreender essa trajetória. Dos levantes contra a escravidão aos dramas contemporâneos que expõem o racismo estrutural, essas produções ajudam a enxergar as feridas abertas e as conquistas da população negra ao longo do tempo.>
Confira 12 filmes que ampliam o entendimento sobre a luta negra e o porquê da existência do Dia da Consciência Negra.>
Dirigido por Anna Muylaert, o longa acompanha Gal (Shirley Cruz), uma catadora de recicláveis que foge de um marido violento (Seu Jorge) com os filhos pequenos. Em meio à precariedade das ruas de São Paulo, ela transforma a dor em força, disfarçando o desespero com imaginação para proteger as crianças. Um retrato potente da resistência negra e feminina nas margens da cidade. >
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Inspirado na Revolta dos Malês, o filme resgata a história da maior insurreição negra do Brasil, liderada por africanos muçulmanos em 1835, em Salvador. Com Antonio Pitanga no papel de Pacífico Licutan, a obra destaca o protagonismo negro na luta contra a escravidão e o papel da fé, da coletividade e da coragem na busca pela liberdade. >
Na distopia dirigida por Lázaro Ramos, o governo brasileiro decreta que pessoas negras devem “retornar à África”. O filme, protagonizado por Taís Araújo, Seu Jorge e Alfred Enoch, reflete sobre racismo institucional, pertencimento e reparação histórica — temas que ecoam de forma dolorosamente atual. >
Baseado em fatos reais, o filme de Spike Lee conta a história de Ron Stallworth (John David Washington), um policial negro que se infiltra na Ku Klux Klan em 1978. Usando outro policial branco como seu “duplo”, ele revela o absurdo da supremacia branca e a persistência do ódio racial disfarçado de ideologia. >
Vencedor do Oscar de Melhor Filme, acompanha a viagem de Don Shirley (Mahershala Ali), um pianista negro, pelo sul racista dos Estados Unidos nos anos 1960. Com o motorista branco Tony Lip (Viggo Mortensen), o filme trata de amizade, empatia e dos desafios da convivência em meio à segregação. >
Vencedor do Oscar de Melhor Filme, obra acompanha Chiron, um jovem negro e gay crescendo num bairro pobre de Miami. A obra de Barry Jenkins é uma poesia sobre masculinidade, afeto e a busca por identidade em meio à violência, pobreza e preconceito. >
Baseado em uma história real, o filme revela o papel de três mulheres negras da NASA, Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson, na corrida espacial. A produção mostra como elas desafiaram o racismo e o machismo para fazer história, provando que genialidade não tem cor. >
A obra de Anna Muylaert denuncia o racismo e a desigualdade social presentes nas relações domésticas. Val (Regina Casé), uma empregada nordestina em São Paulo, enfrenta tensões com os patrões quando sua filha Jéssica chega para prestar vestibular. O filme é uma reflexão sobre classe, afeto e o racismo velado da elite brasileira. >
Dirigido por Steve McQueen, o filme é baseado na autobiografia de Solomon Northup, um homem negro livre sequestrado e escravizado nos EUA do século XIX. A narrativa brutal expõe o horror da escravidão e o sofrimento imposto a gerações de pessoas negras. >
Baseado no livro A Resposta, o filme dá voz às empregadas domésticas negras do Mississipi dos anos 1960. A partir das histórias de Aibileen (Viola Davis) e Minny (Octavia Spencer), a obra denuncia o racismo e o sexismo de uma sociedade segregada, e o poder da palavra como forma de resistência. >
Com Lázaro Ramos no papel principal, a história se passa em um cortiço no Pelourinho, em Salvador, às vésperas do Carnaval. Entre alegria e conflito, o filme retrata o cotidiano, a resistência e o orgulho da comunidade negra em meio à desigualdade e à exclusão. >
Um dos filmes mais emblemáticos de Spike Lee, retrata a tensão racial em um bairro majoritariamente negro do Brooklyn. Quando um jovem questiona a ausência de artistas negros na parede da pizzaria local, o conflito cresce até o limite. Um clássico que continua atual ao discutir racismo estrutural e violência policial. >
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