Curso de Residência em Jornalismo / [email protected]
Publicado em 23 de setembro de 2022 às 09:00
"Deixo a minha fé guiar, sei que um dia chego lá"... E ela chegou mesmo! A cantora Iza, que no último dia 4 se apresentou no Palco Mundo do Rock in Rio, promete tirar os capixabas do chão neste domingo (25), segundo e último dia do "BKDP Festival". O evento acontece no Estádio Kleber Andrade, em Cariacica. >
Com mais de 1,6 bilhão de streaming no Spotify e mais de 16 milhões de seguidores nas redes sociais, Iza é uma mulher forte, com letras impactantes e estéticas que retratam as suas origens e temas como racismo e empoderamento feminino. Com presença e autenticidade, a artista se tornou uma legítima representatividade para milhões de mulheres. >
Ela contou para o "HZ" sobre as expectativas para a apresentação neste domingo e sobre como é ser uma referência para muitas pessoas, sobretudo meninas e mulheres negras. >
"Eu falo de temas como racismo ou empoderamento feminino porque é o que eu vivi, não posso fugir disso. Seria muita hipocrisia da minha parte viver tudo o que eu vivi e não falar sobre isso, não apontar as coisas que são importantes, não usar o meu espaço privilegiado para discutir esses temas", disse Iza. Confira a seguir a entrevista;>
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É gratificante, sem dúvida. Meu microfone é uma arma, e ele precisa ser usado com sabedoria, não só para realizar meus sonhos, para pagar as minhas contas, mas também para combater o que está errado. Me sinto lisonjeada em participar desse festival e estou muito feliz em fazer parte do line-up e de poder levar a minha música e a minha mensagem.
Foi um dos dias mais felizes da minha vida por vários motivos: pela volta do festival depois de tudo o que passamos, por ser uma conquista profissional, por eu ser fã do festival, por saber o quão seleto é o Palco Mundo e, claro, por eu ter sido a primeira cantora negra brasileira a cantar nesse palco. Foi muito representativo. Minha mãe foi a pessoa que mais me apoiou, ela sempre disse que eu deveria estar no lugar que eu quisesse estar. Foi muito importante ela estar comigo nesse momento. Foi emocionante demais e eu sou muito grata por ela ser minha mãe.
Eu sempre digo que só temos a noção do papel que exercemos na vida das pessoas quando elas nos retornam as vivências delas com a nossa música ou as experiências que elas tiveram lendo uma entrevista nossa ou nos vendo na TV. Tem sido especial demais saber que algumas pessoas me têm como representante, porque eu senti muita falta de me sentir representada quando era mais nova. Quando as pessoas me procuram para falar que se inspiram em mim, é um combustível muito forte e potente que me estimula a seguir meu caminho. Eu falo de temas como racismo ou empoderamento feminino porque é o que eu vivi, não posso fugir disso. Seria muita hipocrisia da minha parte viver tudo o que eu vivi e não falar sobre isso, não apontar as coisas que são importantes, não usar o meu espaço privilegiado para discutir esses temas.
Me aguardem que estou ansiosa para esse show e com saudades do público capixaba.
Vai ser um pouco de tudo. Vai ter “Pesadão”, “Dona de Mim” e também as mais recentes, como “Sem Filtro” e as músicas do projeto “Três”, que lancei no dia do meu aniversário.
*Gedyson Viana é aluno do 25º Curso de Residência em Jornalismo da Rede Gazeta. Esta matéria teve orientação da editora de conteúdo do programa, Andréia Pegoretti. >
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