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Festival da Cultura Negra terá jongo, forró e feijoada gigante no Norte do ES

8º Festival da Cultura Negra da UNEGRO - “África em Nós” celebra o Quilombo Urbano de Santana, com uma programação extensa

Felipe Khoury

Repórter / [email protected]

Publicado em 11 de novembro de 2025 às 19:00

Espetáculo Memórias à Venda
Espetáculo Memórias à Venda Crédito: Iris Zanetti

O mês da Consciência Negra ganha um novo fôlego com o 8º Festival da Cultura Negra da UNEGRO - “África em Nós”, que este ano acontece de forma itinerante e tem como ponto alto a celebração no Quilombo Urbano de Santana, em Conceição da Barra

A programação, que acontece entre os dias 15 e 29 de novembro, reúne apresentações culturais, oficinas, homenagens e vivências que reafirmam o papel da cultura negra como força viva da identidade capixaba. Mais do que um evento, o festival é um movimento que fortalece redes, memórias e vozes.

Criado para valorizar as tradições afro-brasileiras, o “África em Nós” articula comunidades quilombolas, coletivos culturais e instituições que atuam na luta antirracista. Em sua oitava edição, presta homenagem a Negro Rugério, símbolo de resistência e ancestralidade em Conceição da Barra, e reverencia os griôs quilombolas, guardiões e guardiãs das tradições e da memória coletiva.

Reis de Boi Mestre Antônio
Reis de Boi Mestre Antônio Crédito: Spike Luu

De Norte a Sul: um circuito de resistência

Antes de chegar a Santana, o festival abre no Museu Capixaba do Negro, em Vitória, no dia 16 de novembro, com o Xirê das Nações, celebração que exalta a força das religiões de matriz africana. Depois, segue para o Norte do estado, onde o quilombo se transforma em palco e território de afeto.

O encerramento acontece no sul, em Cachoeiro de Itapemirim, simbolizando o diálogo entre diferentes expressões da cultura negra capixaba. A programação do evento, que acontece no dia 29 de novembro, abrange a tradicional feijoada com atrações culturais e outras homenagens.

Feira, oficinas e muita música

Já a programação no Quilombo Urbano de Santana começa no dia 21 de novembro, às 16h, com a Feira Afroempreendedora - espaço que destaca o trabalho de artesãos, cozinheiras e empreendedores quilombolas. Logo em seguida, às 17h, será inaugurada a Casa Amarela - Espaço Coletivo Mulheres de Fibra, dedicada ao fortalecimento da cultura, do turismo comunitário e da economia solidária.

A dona Jurema faz parte do grupo Mulheres de Fibra, em Conceição da Barra
A dona Jurema faz parte do grupo Mulheres de Fibra, em Conceição da Barra Crédito: Ramon Porto

A noite é de celebração com Jongo de Santana - Mestre Maria Amélia, o Grupo Resistência Capoeira, o Reis de Boi - Mestre Antônio e o forró de Joazinho, que encerra o primeiro dia em clima de festa.

No dia 22, o festival continua com oficinas de saberes tradicionais, rodas sobre saúde da população negra e a apresentação do Projeto Rota Quilombola, que propõe experiências de turismo de base comunitária no território. À noite, sobem ao palco o Jongo de Nossa Senhora da Conceição - Mestre Nilo, o desfile de indumentárias afro com o grupo Sambadeiras, e o forró de Claudinho. O dia também será marcado por homenagens a Negro Rugério, aos griôs e aos povos de matriz africana.

Jongo de Santana Mestre Maria Amélia
Jongo de Santana Mestre Maria Amélia Crédito: Laura Rodrigues

O encerramento, no dia 23, promete um dos momentos mais aguardados: o Quilusan – A Maior Feijoada Quilombola do Espírito Santo, a partir das 11h. Antes disso, o público acompanha o Jongo Beira Rio e o espetáculo “Memórias à Venda”, do Ponto de Memória Tambor de Raiz. O grupo Pagoblack encerra o festival misturando ritmo, ancestralidade e celebração em uma grande festa popular.

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