A arquitetura moderna continua a evoluir, integrando arte, ciência e tecnologia na criação de espaços inovadores e funcionais. À medida que isso acontece, aumenta a variedade de tipologias e funções de matérias-primas. Paralelamente, cresce a demanda por eficiência energética e sustentabilidade, fatores que incentivam a substituição de revestimentos e outros materiais na criação de projetos com foco na redução dos impactos ambientais.
“A reutilização de materiais, a redução da produção de resíduos, o abandono da utilização de materiais tradicionais como concreto e aço, o consumo consciente e sem desperdício de matérias-primas e as novas formas de economizar energia são atitudes que corroboram para a diminuição dos impactos da construção civil no meio ambiente”, completa a arquiteta Paula Passos, à frente do escritório Dantas & Passos Arquitetura ao lado da arquiteta Danielle Dantas.
Para facilitar, desmistificar e informar corretamente sobre como realizar essas trocas com total eficácia, as especialistas elencam os principais substitutos por meio dos conceitos de sustentabilidade e funcionalidade. Confira!
A escolha dos novos revestimentos e materiais substitutos deve considerar uma série de fatores fundamentais para atender as necessidades específicas dos moradores e do projeto como um todo. “Geralmente motivadas por estilo e estética, o que garante repaginação ao espaço, as substituições levantam questões pertinentes a melhorias como o ciclo de vida, manutenção, durabilidade e compatibilidade com outros materiais já existentes”, diz Danielle Dantas.
Desse modo, as arquitetas listam qualidades importante a serem consideradas:
Antes de realizar as substituições, as arquitetas sugerem fazer o uso da tecnologia para ajudar na hora da escolha, pois se trata de um campo que já disponibiliza opções mais avançadas, com materiais inteligentes, sistemas de automação residencial e projetos em 3D para que o cliente visualize o resultado antes da construção. Além disso, elas recomendam explorar soluções como:
Material muito utilizado na arquitetura, sabe-se que grande parte é oriunda de origens não identificadas. O melhor caminho é adotar o emprego de madeiras de reflorestamento e certificadas por seu manejo de produção sustentável ou florestas replantadas. Considera-se ainda aquelas de demolição, reaproveitadas de construções antigas.
Reciclados em formato de blocos encaixados por sistema que não necessita de cola ou produto adesivo. A utilização do bloco é vantajosa financeiramente, pois proporciona uma redução no consumo elétrico e no valor final da obra, além de ser resistente ao fogo e propiciar um melhor isolamento térmico, deixando a temperatura dos ambientes mais confortáveis em qualquer estação do ano.
Tem um plantio de menor impacto ambiental, cresce com facilidade, é leve e resistente. Pode ser usado em coberturas de construções.
Essa técnica antiga vem sendo resgatada para a produção dentro de novos processos construtivos. O tijolo é feito a partir da mistura de barro úmido, cascalho e um estabilizador.
É uma prática cada vez mais frequente, em que parte da estrutura já chega pronta, ganhando tempo de corte de levantamento. Passou de tendência para um sistema construtivo eficiente.
O controle de transparência dos vidros inteligentes permite escurecer ou clarear a superfície. A passagem de luz para uma área é controlada e, com isso, é possível aproveitar a iluminação natural do sol, reduzir ou aumentar o aquecimento das salas e, por consequência, usufruir da diminuição do consumo elétrico.
Para reduzir o desperdício de água em banheiros e lavabos , o acionamento duplo possui um mecanismo que oferece ao usuário duas opções: uma descarga parcial (3 litros) ou uma descarga total (6 litros).
O porcelanato possui um custo-benefício mais interessante, maior resistência, mancha menos e tem menor índice de absorção de água.
Por Emilie Guimarães
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