Publicado em 29 de novembro de 2023 às 21:21
O Santos perdeu sua invencibilidade no Brasileirão no pior momento possível. Depois de sete jogos sem derrotas, caiu na Vila Belmiro em noite em que o Fluminense mostrou porque é o atual campeão da Libertadores. Totalmente envolvido, levou 3 a 0 do Tricolor e continua entre os piores da competição. Mesmo revoltada com a atuação ruim, a torcida cantou, mostrando que estará com o time até o fim. >
Agora são três partidas sem triunfo dos santistas, já que vinham de dois empates, contra São Paulo (0 a 0) e Botafogo (buscou o 1 a 1 no fim). Buscará a reação no domingo (3), em visita ao Athletico-PR, na Ligga Arena, sob pressão de entrar na zona de rebaixamento.>
Apesar do aumento da preocupação com a equipe somando somente 43 pontos, o torcedor tem um pequeno motivo para confiar em reação imediata. Nos últimos quatro jogos com o rival paranaense, o Santos ganhou duas e empatou outras duas.>
Ainda sem Tomás Rincón, com lesão muscular, Marcelo Fernandes não quis saber de correr riscos atrás e resgatou o sistema com três defensores, com o retorno de Dodô ao lado de Messias e Joaquim. Mas as alas eram formadas por atacantes. Com Lucas Braga de um lado e Mendoza no outro, queria explorar a velocidade para bater o campeão da Libertadores e ganhar respiro na tabela.>
>
Apesar de estar próximo da disputa do Mundial de Clubes, Fernando Diniz não quis saber de poupar titulares no Fluminense, o que se tornou um adversário a mais para o Santos. Ganso, Arias, Keno e Cano formavam o quarteto ofensivo para tentar anotar gols na Vila Belmiro lotada.>
Quem anotou, porém, foi Martinelli, em bela trama pela direita. Ganso achou Arias, que serviu o volante. O camisa 8 carregou a bola e bateu rasteiro, no cantinho de João Paulo, aumentando a pressão sobre o Santos logo aos nove minutos.>
Sofrendo com o toque envolvente e rápido dos cariocas, o Santos não conseguia ter a bola. E, por consequência, não atacava como a torcida e seu comandante gostariam. Um chute do Dodô de muito longe, pelo alto, refletia as dificuldades. Marcelo Fernandes buscava ajustes, aos berros.>
O nervosismo rapidamente bateu nos santistas. João Paulo reclamava da marcação e a torcida já protestava de todo lance equivocado do time. Cano e Keno pararam no goleiro santista enquanto Fábio apenas assistia do outro lado.>
Aos 28 minutos, um grande susto para os cariocas. Cano caiu com dores na panturrilha. Saiu de maca após receber um primeiro atendimento. John Kennedy até aqueceu, mas o argentino retornou>
Sem ver seu esquema funcionar, Marcelo Fernandes colocou Mendoza e Dodô como laterais e desfez os três zagueiros. Lucas Braga foi adiantado para tentar suprir a ausência de Lucas Lima e Nonato, suspensos, na armação. E também para encostar no isolado Marcos Leonardo. O time continuou apático e viu Arias, de cabeça, ampliar.>
Ciente que até um empate era desastroso, Marcelo Fernandes abriu o time após o intervalo. Com Silvera no ataque, o Santos voltou mais forte e dando trabalho a Fábio. O goleiro evitou que os mandantes descontassem ao defender chutes de Silvera e Mendoza.>
Diniz pediu seriedade ao time e o terceiro gol veio com facilidade. Com a defesa enfraquecida, o Santos primeiro viu Ganso parar na trave e depois só observou o Fluminense trocar passes dentro da área e Cano ampliar. Arias tocou para Martinelli dar a assistência para o 40º gol do argentino no ano>
Os gritos de incentivo para uma reviravolta se tornaram ofensas ao treinador santista após o terceiro gol. Marcelo Fernandes chegou a bater boca com alguns críticos. Nem a bola na rede pelo lado de fora de Marcos Leonardo acalmou os ânimos.>
Fábio salvou nova finalização de Silvera. A bola ainda bateu na trave. Marcos Leonardo, ao tentar um calcanhar quando está livre dentro da área irritou o treinador e acabou substituído de imediato. Seu substituto quase diminuiu em três oportunidades, mas Nino cortou na linha, depois Fábio espalmou e, por fim, parou no travessão. Joaquim também carimbou o poste. O Santos buscou o gol de honra até o fim, mas não conseguiu, para tristeza dos mais de 12 mil presentes na Vila Belmiro.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta