Publicado em 25 de maio de 2019 às 13:11
Bastou uma semana e algumas exibições de gala durante o Masters 1.000 de Roma para Rafael Nadal recuperar o status de maior favorito a mais um título de Roland Garros, que seria o seu 12º.>
Não que antes disso o espanhol fosse carta fora do baralho, mas o ano se mostrava difícil para ele até mesmo no saibro, piso em que costuma dominar qualquer adversário e no qual é jogado o segundo Grand Slam do ano, que começa neste domingo (26), às 6h (de Brasília), em Paris.>
Antes de chegar ao seu nono título na Itália, Nadal havia parado nas semifinais dos outros três principais torneios na superfície lenta que antecedem Roland Garros -e nos quais soma 27 troféus.>
No Masters de Monte Carlo, o algoz do atleta de 32 anos foi o italiano Fabio Fognini, 31.>
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No torneio ATP 500 de Barcelona, ele parou diante do austríaco Dominic Thiem, 25, que conseguiu sua quarta vitória contra o espanhol (tem sete derrotas) no saibro.>
Por fim, no Masters de Madri, o grego Stefanos Tsitsipas, 20, obteve seu primeiro triunfo na terra batida diante do segundo colocado do ranking.>
Em número de pontos somados na preparação para Roland Garros, esse foi o terceiro pior desempenho de Nadal desde 2009, quando entrou em vigor o atual formato de calendário da ATP (Associação dos Tenistas Profissionais) -superou só 2014 e 2015.>
A sequência de derrotas em semifinais mostrou vulnerabilidades da versão 2019 do tenista espanhol e apresentou um novo nome capaz de batê-lo no saibro, pelo menos nas partidas disputadas em melhor de três sets.>
Tsitsipas, que já havia ganhado de Novak Djokovic e Roger Federer, considerou esse triunfo sobre Nadal o maior da sua carreira até o momento. Em grande fase, ele já ocupa a sexta posição do ranking.>
Já em Roma, também nas semifinais, Nadal devolveu o revés contra o jovem grego antes de dominar o líder do ranking, Djokovic, 32, na decisão. A vitória por 6/0, 4/6 e 6/1 ficou marcada pelo primeiro "pneu" (set vencido sem que o rival ganhe um game) nos 54 duelos entre eles.>
"Nadal é o favorito número um para ganhar Roland Garros. Só depois dele é que vêm todos os outros", disse Djokovic após a derrota em Roma.>
A primeira conquista de Nadal na temporada foi importante para ele recuperar a confiança antes de Roland Garros e mostrar aos adversários que derrotá-lo em Paris, como de costume, será muito difícil.>
"O mais importante para mim é me sentir bem durante as partidas e, principalmente, permanecer saudável. Se isso acontece, mais cedo ou mais tarde sei que os títulos chegarão. Recuperar meu nível era a principal meta, e acho que já consegui isso", ele afirmou no último domingo (19).>
Os jogos de Grand Slam são disputados em melhor de cinco sets. Se vencer duas parciais contra o espanhol no saibro já não é tarefa simples, incluir mais uma nessa conta vai muito além de matemática.>
Apenas o sueco Robin Soderling (em 2009) e Djokovic (em 2015) conseguiram destroná-lo em Paris até hoje.>
Além de Djokovic, Tsitsipas, Thiem e Fognini, quem também aparece como candidato a essa missão é o suíço Roger Federer, 37, que voltará a disputar Roland Garros após três anos de ausência. Seu único título nesse Grand Slam foi em 2009, quando aproveitou a eliminação do espanhol e derrotou Soderling na decisão.>
O sorteio das chaves indicou um possível encontro entre Federer e Nadal nas semifinais. Antes disso, caso o suíço confirme o favoritismo e Tsitsipas também o faça, eles poderão reeditar em Paris as oitavas de final do Australian Open, quando o grego venceu.>
Djokovic terá Thiem, vice em 2018, como seu possível oponente nas semifinais. O alemão Alexander Zverev, 22, e o argentino Juan Martín Del Potro, 30 também estão desse lado da chave. Thiago Monteiro, 24, será o único representante brasileiro no torneio de simples, após vencer seus três jogos na etapa qualificatória.>
Já nas duplas, o país terá três representantes: Marcelo Melo, que joga com o polonês Lukasz Kubot, Bruno Soares, parceiro de Jamie Murray, e Marcelo Demoliner, que atuará ao lado de Divij Sharam.>
Como tem sido comum nos Slams, a expectativa para o torneio feminino é de imprevisibilidade. Vencedora dos últimos dois eventos desse nível, a japonesa Naomi Osaka, 21, atualmente líder do ranking, nunca passou da terceira rodada de Roland Garros.>
A romena Simona Halep, 27, atual campeã, e a americana Sloane Stephens, 26, vice, também estão entre as favoritas das casas de apostas, assim como a holandesa Kike Bertens, 27, em bom momento. Serena Williams, 37, chega a Paris depois de ter abandonado por lesão os três últimos torneios que disputou.>
Esta edição de Roland Garros terá novidades, como a nova Philippe Chatrier, principal quadra do complexo, que foi reconstruída e modernizada em menos de um ano -mas o teto retrátil ficou para 2020.>
Outro palco novo, esse feito do zero, faz parte do projeto de ampliação do torneio. Cercado por estufas de plantas com vidros transparentes, leva o nome de Simonne-Mathieu, tenista francesa que venceu Roland Garros duas vezes (1938 e 1939) e foi heroína do país por serviços prestados na 2ª Guerra Mundial.>
TRANSMISSÃO>
A BandSports transmite Roland Garros na TV fechada brasileira a partir das 6h deste domingo (26). Outra opção é o aplicativo oficial do evento, que pode ser assinado em aovivo.rolandgarros.com. Ao custo de R$ 29,99 (torneio inteiro) ou R$ 10,99 (um dia), o serviço exibe ao vivo todos os jogos (incluindo chave juvenil e de veteranos), além de replays, melhores momentos e entrevistas.>
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