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Governo pula edição do Bolsa Atleta e juntará resultados de dois anos

Governo pula edição do Bolsa Atleta e juntará resultados de dois anos

A medida possibilitará ao governo economizar o orçamento de quase um ano de programa, que tem um custo anual de R$ 85,7 milhões

Publicado em 5 de agosto de 2020 às 16:14

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Treino com Atletas olímpicos
Atualmente, 6.357 competidores recebem o Bolsa Atleta, que tem um custo anual de R$ 85,7 milhões. (Divulgação)

Com o argumento de que muitas competições foram canceladas ou adiadas em razão da pandemia de Covid-19, o governo federal não lançará edital para concessão do Bolsa Atleta nas modalidades olímpicas e paraolímpicas em 2020, referente aos resultados obtidos em 2019.

Assim, juntará o desempenho dos atletas no ano passado e neste para lançar um novo edital apenas no início de 2021.

A medida possibilitará ao governo economizar o orçamento de quase um ano de programa. Atualmente, 6.357 competidores recebem o Bolsa Atleta, que tem um custo anual de R$ 85,7 milhões.

O lançamento do edital para que os atletas pleiteiem o auxílio de 2020 deverá ocorrer apenas em janeiro de 2021 e, após a entrega de documentação e a assinatura do termo de adesão, a previsão é que eles comecem a receber somente a partir de maio.

Para definir quem receberá em 2021, a Secretaria Especial de Esporte irá priorizar os resultados de 2020. Porém, se a confederação não conseguiu realizar campeonato neste ano de crise do novo coronavírus, será levado em consideração o desempenho de 2019.

Este método também será aplicado para aqueles que pleitearão vaga no programa. "É a garantia dada pelo governo federal de que a não realização de competições em 2020 não trará prejuízos às vésperas dos Jogos de Tóquio", disse o secretário especial do Esporte, Marcelo Magalhães, em nota.

A Secretaria do Esporte nega que esteja pulando uma edição do programa.

Instituído em 2005, o programa geralmente começava a pagar a bolsa no início do segundo semestre e com base no desempenho esportivo do ano anterior. No entanto, o Bolsa Atleta já sofria com problemas de orçamento e atraso na publicação de editais desde os governo de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), antecessores de Jair Bolsonaro (sem partido).

O programa estabelece quatro categorias para repasses mensais: base/estudantil (R$ 370), nacional (R$ 925), internacional (R$ 1.850) e olímpica/paraolímpica (R$ 3.100).

Também nesta quarta-feira, em publicação no Diário Oficial, o governo informou uma lista com adesão de 109 novos nomes -competidores que entraram com recursos ou estavam com documentações pendentes.

A Secretária também anunciou nesta quarta que irá renovar o Bolsa Pódio para o ano que vem. Essa faixa contempla os atletas ranqueados entre os 20 melhores do mundo com um benefício que varia de R$ 5 mil a R$ 15 mil. Atualmente o programa reúne 293 competidores e tem um custo de R$ 40 milhões.

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