O futebol é uma “caixinha de surpresas”. Dito o velho chavão do mundo da bola, ele se aplica à vida e carreira de Luis Spadetto, de 31 anos, que de promissor atacante pelos lados do campo, veloz e sempre abrindo as defesas, passou para uma carreira fora dos gramados que já chama atenção, pois mesmo com pouca idade, já é conhecido e reconhecido em centros grandes do futebol: Portugal e Itália.
Como atleta, Spadetto, natural de Alegre, no Espírito Santo, passou pela base do Atlético-MG, Internacional, Botafogo. No profissional, atuou por Audax-SP, por sete anos em Portugal na Série A e Série B, no Beira Mar, Boavista e Varzim. Porém, uma série de lesões, abreviaram a carreira de jogador, mas por se interessar pelo jogo e tática, não abandonou o futebol, buscando conhecimento para ser treinador.
Luis fez cursos na UEFA e conseguiu a licença B de técnico da entidade, sendo um dos mais jovens do continente a ter esse. Feito o curso, resolveu abraçar a carreira de treinador, começando pelo Rio Branco-ES, Boca Juniors-SE, recebendo convite para ser auxiliar no Vizela, de Portugal. e até uma proposta para atuar na Coreia do Sul. Essas experiências ajudaram a incrementar seu nome no Velho Continente, até chegar ao Chievo Verona, equipe da Série B Italiana, onde é diretor técnico do clube.
-A virada para treinador foi pelas lesões. Foram muitas musculares. Eu fiz de tudo, os clubes fizeram para resolver os problemas físicos. Daí, segui no futebol pela paixão. Pois, nunca descobri o que tinha de fato, Até hoje-contou Luis, que falou com a reportagem em sua casa, na Itália, onde mora com a esposa e filha.
O agora treinador tem dupla cidadania(brasileira e italiana) o que ajudou na sua estada na Europa. Ele conta que o tempo fora dos gramados devido às lesões observava muito os treinos aplicados, o que aguçou seu olhar e o deixou mais conhecedor do jogo.
-Acredito que as coisas não acontecem por acaso. Você não imagina quantas vezes fiquei observando treinos. Conversando com o treinador, preparador físico. E isso me ajudou muito na migração de carreira. Portugal foi minha escola. Agora, estou na Itália, onde aprendo muito também, principalmente na parte tática defensiva e o jogo em si- contou Spadetto.
E, a juventude pode ser um aspecto que colabore com a fácil assimilação dos conceitos europeus, mas Luis Spadetto não abre mão do jeito brasileiro de jogar.
-Eu entregar a bola para o adversário para ele ser o protagonista não passa pela minha cabeça. Para mim, a melhor forma de se defender do rival é ficar mais com a bola. Vejo o jogo muito assim. Tem de ser com a posse de bola. Aqui na Itália, estou aprendendo bem a parte defensiva, mas eles estão começando a me ouvir sobre a ofensiva.
Apesar de ter formatado sua carreira de treinador em clubes de centros menos badalados no Brasil, os bons resultados chamaram a atenção dos portugueses, coreanos e por fim, italianos, onde se encontra o jovem treinador.
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