O atraso no repasse do Grupo Taunsa no pagamento referente ao acordo com o Corinthians para bancar os salários do meia Paulinho, contratado no início deste ano, gerou ao clube alvinegro uma espécie de ponto de interrogação referente a parceria.A justificativa da empresa de agronegócios foi em relação ao fluxo de caixa, mecanismo de gestão que acompanha as movimentações financeiras das instituições.
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A diretoria corintiana, em primeiro momento, foi compreensiva quanto ao atraso, mas a partir de agora estará mais atenta quanto ao futuro da parceria.
O Corinthians está tranquilo em relação a possíveis problemas do tipo no futuro, pois se garante no respaldo jurídico que possui.
Ainda assim, para se resguardar de imprevistos financeiros, como o ocorrido com a Taunsa, o Timão adotou a estratégia de manter os jogadores que têm os seus salários pagos por parceiros na folha salarial do clube, garantindo que os compromissos com os atletas serão arcados independentemente do repasse de terceiros. Além de Paulinho, o meia Willian é pago através de uma parceria entre Corinthians e Sócios.com.
No momento que a transferências das empresas parceiras acontecem, elas são agregadas ao caixa do próprio clube como forma de reposição. Justamente um modelo de fluxo de caixa por parte do núcleo corintiano.
Corinthians e Taunsa não possuem acordo de patrocínio, mas, sim, de parceria em projetos pontuais. A diretoria corintiana apresenta à empresa uma ideia de negócio, como, por exemplo, a contratação de Paulinho, e caso o grupo empresarial entenda a iniciativa como vantajosa combina determinado aporte financeiro para dar viabilidade ao projeto.
No caso da compra do camisa 15, o Grupo Taunsa se comprometeu a arcar com os salários do jogador, que é superior a R$ 1 milhão por mês, teto do Timão, de forma integral até o fim do contrato, em dezembro de 2023. Em contrapartida, o clube alvinegro expõe a marca em ações pontuais do clube, principalmente as que envolvem o jogador.
Por conta do aporte para a contratação de Paulinho, o Corinthians agraciou a empresa de agronegócios, que é braço da ARJ Holding, conglomerado empresarial sediado nos Emirados Árabes Unidos, com a estampa nas costas da camisa corintiana nos quatro primeiros jogos do Campeonato Paulista, contra Ferroviária, Santo André, Santos e Ituano.
A ideia da Taunsa era conversar com o Timão para manter a marca no local, pagando um valor mensal, aí com formato de patrocínio, mas até o então as partes não chegaram a um consenso.
Além da mostrar iniciativa para a contratação do meia Pauliho, Corinthians e Taunsa discutiram sobre a contratação de um centroavante badalado. Os uruguaios Edinson Cavani, do Manchester United-ENG, e Luís Suárez, do Atlético de Madrid-ESP, ambos com contrato para encerrar no meio do ano, eram os favoritos da empresa, que chegou até se animar com um aceno positivo de Cavani, mas viu o atleta optar por cumprir o seu vínculo com os Red Devils até o fim e frustrar os planos corintianos.
Chegou a ser conversado entre o clube alvinegro e a empresa a possibilidade do aporte acontecer no atacante Diego Alves, quando ele rescindiu o contrato com o Atlético-MG, em janeiro, mas o grupo empresarial recuou, pois traçava a ideia de investimento em um nome que causasse maior impacto.
Aventou-se uma possibilidade de conversa para auxílio do pagamento do técnico português Vítor Pereira, mas nesse período já existia o impasse em relação a ausência do repasse do meia Paulinho, o que dificultou o avanço nas conversas e uma nova parceria entre as partes.
Quando a parceria entre Corinthians e Taunsa foi firmada, o acordo previsto foi de duração até dezembro de 2023, quando se encerra a atual gestão, presidida por Duílio Monteiro Alves.
A relação com a empresa de agronegócios foi amarrada diretamente com o presidente corintiano e o seu irmão, Adriano Monteiro Alves, Secretário-Geral do clube alvinegro, por intermédio de pessoas de conhecimento em comum deles com o CEO da Taunsa, Cleidson Cruz.
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