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Paulo Hartung diz que crise fiscal está no topo das prioridades

Paulo Hartung diz que crise fiscal está no topo das prioridades

Na avaliação do governador do Estado, para resolver o problema é preciso "consertar a Previdência pública e privada do país"

Publicado em 24 de novembro de 2018 às 03:28

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O governador Paulo Hartung participou do Encontro de Lideranças, em Domingos Martins. (Carlos Alberto Silva)

Na avaliação de Paulo Hartung (sem partido), a crise fiscal ocupa hoje o topo da lista de prioridades a serem encaradas pelo governo federal. Dentro desse contexto, o governador do Estado não só defende a reforma da Previdência como tema prioritário, mas também aponta a mudança que considera fundamental: a imposição de uma idade mínima de aposentadoria.

"Para resolver o problema fiscal tem que consertar a Previdência pública e privada do país, colocando uma idade mínima. Precisamos nos unir na defesa de uma idade mínima. Não tem esse negócio de que o governo paga, quem paga é a sociedade. E a nossa ineficiência tem a ver com o nosso setor público caro e a marca do desperdício", declarou o governador em sua palestra durante o primeiro dia do 13º Encontro de Lideranças, que acontece em Pedra Azul, Domingos Martins.

Para Hartung, a elevação do nível de competitividade do país passa necessariamente pelo ajuste das contas. Por isso, ele continua: "Com o avanço da medicina estamos vivendo mais e melhor. Como continuar aposentando gente com 48 anos?".

NOVOS LÍDERES

Prestes a deixar o comando do Palácio Anchieta, Hartung já adiantou que se dedicará a atuar não só no setor privado, mas também na formação de novas lideranças através da ONG RenovaBR e do Movimento Agora!, dedicado ao desenvolvimento de políticas públicas.

"Pretendo seguir minha vida pública atuando no processo de formação de lideranças. Acredito que, pior que o grave déficit (financeiro) que o país vivencia, é a falta de lideranças capazes de debater divergências e chegar a um pensamento comum que unifique e transforme o caminho civilizatório da humanidade", declarou o governador.

Para ele, a carência de novos gestores interessados no setor público se deve em parte em função das burocracias da legislação.

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Aqui no Brasil, quando você convida alguém para ser ordenador de despesas hoje, ele pensa várias vezes antes de aceitar. Ele pode fazer o melhor trabalho do mundo e, ao terminar a sua jornada, vai sair com dois, três processos de improbidade administrativa e, pior, muitas vezes ações que têm origem em atos administrativos praticados para colocar serviços públicos de pé

Paulo Hartung, governador do Estado
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Mesmo oficialmente fora do jogo político, o governador defende a união de forças em prol do governo do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) e sugere que as críticas feitas durante o período eleitoral sejam superadas, dando lugar a ações em prol das reformas.

"O futuro governo não debateu a agenda do país, mas agora é esquecer isso, essa página está virada. Eu não topo discutir partido, eu não topo discutir oposição. Porque fazer oposição hoje é fazer oposição a ninguém, e eu não topo fazer oposição ao Brasil e aos brasileiros. Nós precisamos encontrar caminhos para colocar esse país na agenda correta."

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Em outro ponto de seu discurso, o governador reforçou: "Se o Paulo Guedes (futuro ministro da Economia) montar uma proposta de reforma da Previdência nesse país que fizer sentido, não precisa conversar comigo: eu estarei publicamente defendendo, escrevendo artigo, falando, dando entrevista porque eu sei que é isso que vai tirar o país dessa encrenca".

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