O presidente reeleito da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou o caminho adotado para a escolha do presidente do Senado, cuja votação será aberta. Para ele, o resultado poderá ser anulado.
"Eu acho que da forma que está se construindo uma solução para o voto aberto no Senado é muito ruim. Eu acho que vai gerar nulidade das decisões", opinou Maia.
Maia também declarou não ter clareza se o governo do presidente Jair Bolsonaro "tem o espaço necessário para ter os 308 votos" necessários para aprovar alterações constitucionais, como é o caso da reforma da Previdência.
Como o governo montou o primeiro e segundo escalão sem consultar partidos políticos, estamos "num novo momento da política brasileira, mas isso pode não gerar 308 votos", disse o presidente da Câmara.
Maia afirmou que sempre teve uma boa relação com Bolsonaro, ex-deputado federal. O governo alega que não quis interferir na eleição da Câmara.
Questionado sobre a possibilidade de articulação do ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni (DEM), contrária à reeleição, o presidente da Câmara respondeu: "Como é que o governo pode ser derrotado por um deputado sozinho articulando uma candidatura? Então, ele não deve ter participado. Se ele tivesse participado, eu não tinha tido esse resultado. Se ele participou, participou mal".
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