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Publicado em 1 de setembro de 2024 às 14:00
O secretário de Estado do Meio Ambiente, Felipe Rigoni, anunciou que está em tratamento contra a esclerose múltipla. O diagnóstico foi recebido há um ano, após ele sentir dormência na perna esquerda. O relato foi postado pelo político em suas redes sociais em referência ao Dia Nacional de Conscientização da Esclerose Múltipla, cuja data é celebrada em 30 de agosto.>
No vídeo, Rigoni contou que em meados da campanha eleitoral de 2022 começou a sentir dormência na mão esquerda e, desde então, não consegue mais tocar violão. Outros episódios aconteceram até que ele decidisse investigar melhor o caso e descobrir o diagnóstico.>
“No dia do diagnóstico, fui ao shopping comprar um sorvete e senti que a perna esquerda ficou dormente. Fiquei meio desesperado porque achei que estava tendo um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Em 15 minutos, melhorei, mas também estava me sentindo muito tonto”, relatou. >
Na ocasião, Rigoni estava acompanhado da namorada Laís Barbosa. O casal foi até um hospital para uma consulta com o plantão neurológico, na qual foi feita uma ressonância que diagnosticou a esclerose múltipla. >
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“O médico disse que eu precisaria ficar internado por cinco dias para que a doença fosse tratada como surto, que pode se manifestar por tonturas e dormências fortes e eu receberia uma espécie de bomba de corticoide. O objetivo era estancar o que estava acontecendo. Fiquei desesperado e o primeiro pensamento foi que eu me tornaria uma planta”, comentou. >
Depois da internação, Rigoni seguiu o tratamento com o médico neurologista Herval Neto, que é capixaba e hoje trabalha em São Paulo. Profissional e paciente definiram que o tratamento seria feito com um novo medicamento imunobiológico, o Kesimpta. O remédio não estava registrado na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), portanto ainda não era aceito pelos planos de saúde. O secretário teve que ingressar na Justiça para garantir o tratamento. >
“Uma vez por mês preciso ir à clínica para tomar o remédio. Outra situação que precisei enfrentar na época foi uma decisão judicial reversa em um caso do meu partido, o União Brasil”, comentou. >
Felipe Rigoni garantiu que a esclerose múltipla está estabilizada e que tem uma vida normal. “A doença parou de avançar e começou a regredir. Entretanto, a dormência na mão continua. O preconceito contra a esclerose múltipla é grande e muitos acham que o paciente não vai conseguir fazer nada. De fato, se não tratar, pode degenerar o cérebro. O tratamento faz o controle da doença”, disse. >
De acordo com a Associação Brasileira de Esclerose Múltipla (Abem), esta é uma doença neurológica, crônica e autoimune, ou seja, as células de defesa do organismo atacam o próprio sistema nervoso central, provocando lesões cerebrais e medulares.>
As causas ainda são desconhecidas, mas a doença tem sido foco de estudos no mundo todo, o que tem possibilitado uma constante e significativa evolução na qualidade de vida dos pacientes. A doença atinge principalmente mulheres jovens, na faixa de 20 a 40 anos. >
A Abem estima que cerca de 40 mil brasileiros têm Esclerose Múltipla. A Esclerose Múltipla não tem cura e seu tratamento consiste em atenuar os sintomas e desacelerar a progressão da doença.>
Sintomas mais comuns:
O paciente pode ainda ter sintomas cognitivos em qualquer momento da doença, independentemente da presença de sintomas físicos ou motores e transtornos emocionais, como depressão, ansiedade, de humor, de irritação e transtorno bipolar.>
Como é feito o diagnóstico?>
Para obter o diagnóstico da doença, o médico precisa analisar critérios bem estabelecidos com base na coleta de dados e na história do paciente, e em sinais e sintomas da pessoa a partir do momento em que teve o primeiro déficit neurológico ou surto. >
Por meio de uma ressonância magnética, o especialista consegue ver as lesões na bainha de mielina, já que essas têm características próprias. Em muitos casos, é preciso fazer a punção lombar para coletar e analisar o líquido que recobre o cérebro.>
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