A família do ex-governador Gerson Camata (MDB), morto a tiro no dia 26 de dezembro após sair de uma padaria na Praia da Canto, em Vitória, quer que o assassino seja condenado, também, ao pagamento de uma indenização por danos morais e materiais. Ex-assessor de Camata, Marcos Venicio Moreira Andrade, o Marquinhos, confessou o crime e está preso.
O pedido foi feito à 1ª Vara Criminal de Vitória, na última terça-feira, pela viúva do ex-governador, a ex-deputada federal Rita Camata, que também solicitou ser acolhida no processo como assistente de acusação. A petição é assinada pelos advogados Ludgero Liberato e Renan Sales.
Desde 2008, o Código de Processo Penal permite que o juiz criminal, além de condenar os acusados à prisão, também aplique condenações para reparações por danos morais a vítimas ou às famílias das vítimas.
A petição entregue pelos representantes jurídicos de Rita Camata não discrimina valores. Os advogados farão o levantamento dos prejuízos materiais decorrentes do assassinato de Gerson Camata, e cabe ao juiz, se considerar necessário, determinar o valor da indenização por danos morais.
"Restando inconteste o crime perpetrado, imperiosa é a necessidade de reparação dos consequentes danos morais e materiais advindos, devendo o acusado, então, ser condenado a ressarcir a viúva da vítima, aqui assistente da acusação, em valor indenizatório mínimo e justo", diz o documento protocolado pelos advogados.
No dia 3 de janeiro, Marcos Venicio Moreira Andrade foi denunciado pelo Ministério Público Estadual pela prática de homicídio qualificado por motivo torpe. Gerson Camata foi morto com um tiro no ombro que transfixou o corpo.
O CRIME
Gerson Camata foi assassinado aos 77 anos. Marcos Andrade disse que matou o ex-governador por causa de um processo que passou a responder, ainda em 2009, após lançar uma série de denúncias contra Camata. A Justiça não viu materialidade nas denúncias e acabou condenando Marcos ao pagamento de R$ 50 mil de indenização, em 2012.
No início deste ano, foi determinado um bloqueio contra Marcos Andrade para garantir o pagamento da indenização. Esse bloqueio, segundo o acusado, foi o motivo do assassinato segundo informações dadas por ele à polícia.
A defesa do acusado manifestou-se recentemente. "O que se clama agora é por um julgamento justo, por um inquérito decente, em que o sensacionalismo e o clamor popular não tenham espaço", frisou, em nota.
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